Do blog do Rovai.
A candidata Dilma Roussef (PT) esteve no Jornal Nacional abrindo o ciclo que o programa fará com os três candidatos à frente nas pesquisas.
Dessa vez se comportou como uma veterana da política. Estava muito mais segura do que no debate da Band e mostrou que não se intimida com questões supostamente difíceis.
O casal Willian Bonner e Fátima Bernardes bem que tentou dar uma desestabilizada na candidata.
Insistiu em perguntas sem conteúdo e que irritam (do tipo se ela maltratava ministros) e valeu-se de subterfúgios questionáveis, como comparar o crescimento médio dos últimos 8 anos do Brasil com o da Bolívia e Uruguai.
Nesse momento Dilma se comportou de forma tranquilia e firme. Disse que “com todo respeito esses países são menores do que muitos estados pequenos do Brasil.” Ou seja, disse o óbvio: a comparação é invalida.
O que o casal certamente já sabia antes de formular a questão.
Como dizia minha avó Conceição, não se compara alhos com bugalhos.
Mais do que isso, os jornalistas do Plin-Plin ainda se valeram de informação equivocada para tentar colocá-la nas cordas.
Bonner afirmou que os países do Bric tiveram desempenho melhor que o Brasil. É falso.
A Rússia, só no ano passado, teve uma queda do PIB de 8%. E Dilma também soube lembrar disso. Índia e China tem mais de 1 bilhão de habitantes e uma margem enorme para crescimento por conta de enorme estagnação anterior. Por que não nos comparou com qualquer país europeu? Ou o crescimento de hoje com o dos tempos de FHC?
Ainda houve a tentativa de fazer Dilma escorregar com perguntas capciosas sobre as alianças atuais do PT com grupos que antes criticava.
Ela também foi bem nesse momento.
Disse que o PT aprendeu que para governar precisava de maioria. E que para isso precisava ampliar o diálogo para outros setores. Goste-se ou não, a resposta atende muito bem às crenças do cidadão médio brasileiro.
A entrevista de hoje tem muito mais poder de influência do que o debate da Band. Ou seja, Dilma tendo ido melhor na Globo do que na Band ficou no lucro.
E por ter sido a primeira e ter passado no teste com louvor, jogou toda a responsabilidade para os seus adversários.
Serra e Marina terão de ir muito bem para empatar com Dilma.
Ou seja, mais um degrau foi superado pela candidata que já é favorita para ganhar no primeiro turno.
Agora é esperar para ver qual vai ser o grau das dificuldades de Serra na sua entrevista.
PS: Entrevistei o candidato Plínio de Arruda Sampaio pelo tuiter na noite de hoje. Publicarei a entrevista na íntegra amanhã cedo. Aliás, Plínio não irá participar do ciclo de entrevistas no JN, o que não contribui em nada com o nosso processo democrático.
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