quinta-feira, 16 de agosto de 2012

ELEIÇÕES - Em São Paulo, campanha esquenta.

Vereador à venda e as máfias: campanha esquenta


Soninha Chalita2 Vereador à venda e as máfias: campanha esquenta
"Existem máfias atuando na administração do prefeito Gilberto Kassab. O Aprov é um desses exemplos, a gente viu o que significa a aprovação de uma planta em São Paulo", disparou o candidato Gabriel Chalita, do PMDB, na terça-feira.
"É possível comprar um vereador na Câmara de São Paulo em troca de apoio", mandou ver a candidata Soninha, do PPS, mas não deu nomes.
Começa a esquentar a campanha para a sucessão municipal em São Paulo, que até agora, faltando menos de dois meses para as eleições, ainda não conseguiu despertar o interesse da população.
As acusações foram feitas durante as primeiras sabatinas promovidas pela Folha/UOL no Teatro Cultura Artística do Itaim. Soninha, que falou nesta quarta-feira pela manhã, não gostou quando lhe perguntaram se a sua candidatura era linha auxiliar de José Serra, do PSDB.
"Eu fico louca da vida com esta insistência", reclamou Soninha, que já declarou apoio a Serra no segundo turno. "Eu respondo essas coisas e me dou mal".
De fato, não é fácil para a candidata do PPS se desvincular da administração Serra-Kassab, já que ela ocupou o cargo de subprefeita da Lapa e foi a responsável pela área de internet da campanha presidencial de Serra, em 2010.
Com 7% das intenções de voto no último Datafolha, Soninha está empatada com Fernando Haddad, do PT, bem longe dos líderes José Serra, com 30%, e Celso Russomanno, do PRB, com 26%.
Gabriel Chalita, que está com apenas 5% na pesquisa, também não gostou quando lhe perguntaram se o eleitor considera importante a orientação sexual dos candidatos.
"Não tem nada a ver com a política isso". Em seguida, diante da insistência da entrevistadora, se contradisse: "Se tiver um candidato homossexual, que queira dizer que é gay, acho importante".
Ao contrário do que vimos em outras eleições, as entidades organizadas da chamada sociedade civil até agora não se interessaram em chamar os candidatos para debater o que realmente interessa: a viabilidade das suas propostas para melhorar a vida dos paulistanos.
Desta forma, cada candidato sai fazendo promessas de obras e projetos mirabolantes, que costumam ser esquecidas após as eleições, sem que seja questionado por especialistas das respectivas áreas.
Na segunda-feira, foi a vez do candidato do PT apresentar seu programa de governo, baseado no slogan "Arco do futuro", com o objetivo de modernizar e descentralizar as atividades econômicas da cidade, em evento organizado para uma platéia de 500 militantes, que foi gravado para o programa eleitoral.
Haddad deu nova roupagem a algumas propostas já apresentadas por Marta Suplicy, na campanha de 2008, em que ela contou com o mesmo marqueteiro, João Santana. Nas suas raras apresentações em público, o candidato tucano também fez um "recall" de promessas feitas em campanhas anteriores por ele mesmo, em 2004, e por Gilberto Kassab, em 2008. Promete mais do mesmo.
As campanhas da maioria dos candidatos nos últimos anos foram transferidas das ruas para os estúdios de gravação. Por isso mesmo, os marqueteiros estão com muito trabalho esta semana: o horário político no rádio e na televisão começa na próxima terça-feira, dia 21.
A maior esperança, talvez a única, para Fernando Haddad desencalhar nas pesquisas, está exatamente nas gravações que o ex-presidente Lula começou a fazer esta semana em apoio ao seu candidato. Temos que esperar agora as primeiras pesquisas após as estreias dos programas de TV para saber que efeito terão nas eleições de 7 de outubro.
Quem sabe, a partir de agora, o eleitorado preste mais agtenção no que têm a dizer os candidatos.
Em tempo: gostaria de saber o que a turma do Balaio está achando desta campanha eleitoral e o que espera dos candidatos em suas cidades.
Blog do Ricardo Kotscho.

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