O fato novo mais importante da morna campanha eleitoral até aqui foi dado pelos médicos de Lula: após uma nova bateria de exames, o ex-presidente foi liberado para "subir em palanque e ficar falando por 24 horas", como garantiu o cardiologista Roberto Kalil Filho.
Um ano e meio depois de passar a faixa presidencial para Dilma, Lula continua sendo o maior eleitor do País e a sua participação efetiva é a grande esperança de várias campanhas do PT para reverter o resultado desfavorável das pesquisas que, por enquanto, mostram o partido na frente em apenas uma capital importante (Recife, com Humberto Costa).
O maior desafio para Lula é o de mudar o jogo em São Paulo, onde Fernando Haddad ainda não conseguiu passar de um dígito nas pesquisas (7% no último Datafolha), bem abaixo dos índices registrados por candidatos petistas em outras eleições, a esta altura da campanha, faltando exatos 60 dias para a abertura das urnas.
As mesmas pesquisas, no entanto, mostram também que 40% dos eleitores paulistanos votariam com certeza num nome apoiado por Lula.
A questão é saber se vai dar tempo de associar um nome a outro e promover uma formidável transferência de votos para levar Haddad ao segundo turno.
Ao contrário das eleições anteriores em São Paulo, não houve até o momento a tradicional polarização entre PSDB e PT. Surgiu e cresceu na disputa um fator novo, o candidato Celso Russomanno, do PRB, que está tecnicamente empatado com o tucano José Serra nas pesquisas, tanto do Datafolha como do Ibope.
Serra vem caindo e vendo sua rejeição subir desde que lançou sua candidatura, mas Haddad não saiu do lugar, e quem avançou no eleitorado petista foi Russomanno.
Assim como existe o voto anti-PT em São Paulo, algo em torno de 30% do eleitorado, este ano também cresceu o voto anti-Serra (34% de rejeição no Ibope; 37%, no Datafolha), que foi engordando o cacife do candidato do PRB.
Os principais apoios a Serra e a Haddad se dão no sentido inverso. Enquanto o candidato do PT conta com os altos índices de popularidade do ex-presidente — ainda na semana passada, pesquisa CNT Opinião mostrou que, se a eleição presidencial fosse hoje, ele teria 70% dos votos — também 70% do eleitorado não votaria num candidato apoiado por Gilberto Kassab.
É desta forma que os principais candidatos chegam à fase decisiva da campanha, que começa para valer no próximo dia 21, com o horário gratuito de propaganda no rádio e na TV.
Neste campo, PT e PSDB levam vantagem, pois cada partido terá quase 8 minutos por dia, enquanto Russomanno só terá 2 minutos, menos do que Gabriel Chalita, do PMDB, que conta com 5 minutos.
O jogo está aberto e tudo pode acontecer. Com quatro candidaturas competitivas, não dá para cravar neste momento quem irá ao segundo turno, e não se pode descartar uma disputa em que fiquem de fora, pela primeira vez em muitos anos, candidatos dos dois maiores partidos da cidade, Serra ou Haddad.
Para quem gosta de uma boa disputa eleitoral como Lula, é um prato cheio. A assessora Clara Ant me informou na manhã desta quinta-feira, quando pedi para marcar uma conversa com o ex-presidente, que a agenda dele já está totalmente tomada pelas próximas duas semanas.
Um ano e meio depois de passar a faixa presidencial para Dilma, Lula continua sendo o maior eleitor do País e a sua participação efetiva é a grande esperança de várias campanhas do PT para reverter o resultado desfavorável das pesquisas que, por enquanto, mostram o partido na frente em apenas uma capital importante (Recife, com Humberto Costa).
O maior desafio para Lula é o de mudar o jogo em São Paulo, onde Fernando Haddad ainda não conseguiu passar de um dígito nas pesquisas (7% no último Datafolha), bem abaixo dos índices registrados por candidatos petistas em outras eleições, a esta altura da campanha, faltando exatos 60 dias para a abertura das urnas.
As mesmas pesquisas, no entanto, mostram também que 40% dos eleitores paulistanos votariam com certeza num nome apoiado por Lula.
A questão é saber se vai dar tempo de associar um nome a outro e promover uma formidável transferência de votos para levar Haddad ao segundo turno.
Ao contrário das eleições anteriores em São Paulo, não houve até o momento a tradicional polarização entre PSDB e PT. Surgiu e cresceu na disputa um fator novo, o candidato Celso Russomanno, do PRB, que está tecnicamente empatado com o tucano José Serra nas pesquisas, tanto do Datafolha como do Ibope.
Serra vem caindo e vendo sua rejeição subir desde que lançou sua candidatura, mas Haddad não saiu do lugar, e quem avançou no eleitorado petista foi Russomanno.
Assim como existe o voto anti-PT em São Paulo, algo em torno de 30% do eleitorado, este ano também cresceu o voto anti-Serra (34% de rejeição no Ibope; 37%, no Datafolha), que foi engordando o cacife do candidato do PRB.
Os principais apoios a Serra e a Haddad se dão no sentido inverso. Enquanto o candidato do PT conta com os altos índices de popularidade do ex-presidente — ainda na semana passada, pesquisa CNT Opinião mostrou que, se a eleição presidencial fosse hoje, ele teria 70% dos votos — também 70% do eleitorado não votaria num candidato apoiado por Gilberto Kassab.
É desta forma que os principais candidatos chegam à fase decisiva da campanha, que começa para valer no próximo dia 21, com o horário gratuito de propaganda no rádio e na TV.
Neste campo, PT e PSDB levam vantagem, pois cada partido terá quase 8 minutos por dia, enquanto Russomanno só terá 2 minutos, menos do que Gabriel Chalita, do PMDB, que conta com 5 minutos.
O jogo está aberto e tudo pode acontecer. Com quatro candidaturas competitivas, não dá para cravar neste momento quem irá ao segundo turno, e não se pode descartar uma disputa em que fiquem de fora, pela primeira vez em muitos anos, candidatos dos dois maiores partidos da cidade, Serra ou Haddad.
Para quem gosta de uma boa disputa eleitoral como Lula, é um prato cheio. A assessora Clara Ant me informou na manhã desta quinta-feira, quando pedi para marcar uma conversa com o ex-presidente, que a agenda dele já está totalmente tomada pelas próximas duas semanas.
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