O empate em 26 a 26 cravado pelo novo Ibope, divulgado na noite desta quinta-feira, provocou certamente reações bem diferentes nos comitês de campanha dos dois candidatos que lideram a pesquisa, Celso Russomanno, do PRB, e José Serra, do PSDB.
Fora os índices de intenções de voto na pesquisa estimulada, todos os outros números são bons para Russomanno, em viés de alta, e ruins para Serra, o campeão de rejeição nas eleições paulistanas.
Vamos a eles. Pela primeira vez, o Ibope fez uma simulação para o segundo turno, com ampla vantagem para o candidato do PRB: 42 a 35%.
Um número explica o outro: quando perguntados sobre em qual candidato não votariam de jeito nenhum, 37% responderam José Serra e apenas 11% rejeitaram Russomanno.
Também na pesquisa espontânea, ao subir 7 pontos em relação à pesquisa anterior, Russomanno aparece à frente de Serra: 16 a 15%.
Ex-ministro, ex-prefeito, ex-governador e duas vezes candidato derrotado à Presidência da República, quando lidera as pesquisas, o tucano Serra, conhecido por seu mau humor, já é temido pelos seus colaboradores.
Pode-se imaginar o clima em seu comitê agora que o candidato vive o pior momento na campanha, exatamente às vésperas da estreia do horário político no rádio e na televisão, na próxima terça-feira.
É exatamente aí, nos 8 minutos diários que terá na TV, o mesmo tempo de Serra, que residem as últimas esperanças de Fernando Haddad, do PT, que subiu três pontos (de 6 para 9%), mas continua a léguas de distância (17%) dos dois líderes, sem conseguir despertar a militância petista, os orfãos de Mata Suplicy que bandearam para Russomanno.
De outro lado, o comitê de Celso Russomanno só tem motivos para comemorar o novo Ibope. Mesmo sem os recursos e a estrutura do PT e do PSDB, os dois maiores partidos da cidade, o candidato não para de crescer desde a divulgação das primeiras pesquisas. O problema dele é que só terá 2 minutos na televisão.
A princípio, surpreendidos com o bom e firme desempenho de Russomanno nas pesquisas, analistas políticos atribuiram o fato à sua participação dele em programas de televisão carregando a bandeira da defesa do consumidor. Acontece que, por imposição da legislação eleitoral, o candidato está fora do ar desde o final de junho _ e continuou subindo nas pesquisas.
A explicação que encontro para esta posição favorável do candidato do pequeno PRB nas pesquisas é que ele conseguiu emplacar a chamada terceira via, oferecendo uma nova opção a um eleitorado cansado da polarização entre PT e PSDB.
Até aqui, configurando-se na grande surpresa destas eleições em todo o país, Russomanno conseguiu juntar tanto os votos anti-PT como os votos anti-Serra/Kassab, apresentado-se como o candidato de oposição que Haddad ainda não conseguiu encarnar.
De toda forma, esta pesquisa Ibope também reduz a três (Serra, Russomanno e Haddad) os candidatos que disputam de fato uma vaga no segundo turno, já que os demais (Soninha, Paulinho e Chalita) ficaram empacados com 5%, muito longe dos líderes.
A tendência natural do candidato petista, agora com o apoio televisivo de Lula, é continuar crescendo nas próximas pesquisas, mas não arrisco dinheiro do meu bolso para apostar quem são os dois que estarão no segundo turno.
Em quem aposta o caro leitor do Balaio?
Blog do Ricardo Kotscho.
Fora os índices de intenções de voto na pesquisa estimulada, todos os outros números são bons para Russomanno, em viés de alta, e ruins para Serra, o campeão de rejeição nas eleições paulistanas.
Vamos a eles. Pela primeira vez, o Ibope fez uma simulação para o segundo turno, com ampla vantagem para o candidato do PRB: 42 a 35%.
Um número explica o outro: quando perguntados sobre em qual candidato não votariam de jeito nenhum, 37% responderam José Serra e apenas 11% rejeitaram Russomanno.
Também na pesquisa espontânea, ao subir 7 pontos em relação à pesquisa anterior, Russomanno aparece à frente de Serra: 16 a 15%.
Ex-ministro, ex-prefeito, ex-governador e duas vezes candidato derrotado à Presidência da República, quando lidera as pesquisas, o tucano Serra, conhecido por seu mau humor, já é temido pelos seus colaboradores.
Pode-se imaginar o clima em seu comitê agora que o candidato vive o pior momento na campanha, exatamente às vésperas da estreia do horário político no rádio e na televisão, na próxima terça-feira.
É exatamente aí, nos 8 minutos diários que terá na TV, o mesmo tempo de Serra, que residem as últimas esperanças de Fernando Haddad, do PT, que subiu três pontos (de 6 para 9%), mas continua a léguas de distância (17%) dos dois líderes, sem conseguir despertar a militância petista, os orfãos de Mata Suplicy que bandearam para Russomanno.
De outro lado, o comitê de Celso Russomanno só tem motivos para comemorar o novo Ibope. Mesmo sem os recursos e a estrutura do PT e do PSDB, os dois maiores partidos da cidade, o candidato não para de crescer desde a divulgação das primeiras pesquisas. O problema dele é que só terá 2 minutos na televisão.
A princípio, surpreendidos com o bom e firme desempenho de Russomanno nas pesquisas, analistas políticos atribuiram o fato à sua participação dele em programas de televisão carregando a bandeira da defesa do consumidor. Acontece que, por imposição da legislação eleitoral, o candidato está fora do ar desde o final de junho _ e continuou subindo nas pesquisas.
A explicação que encontro para esta posição favorável do candidato do pequeno PRB nas pesquisas é que ele conseguiu emplacar a chamada terceira via, oferecendo uma nova opção a um eleitorado cansado da polarização entre PT e PSDB.
Até aqui, configurando-se na grande surpresa destas eleições em todo o país, Russomanno conseguiu juntar tanto os votos anti-PT como os votos anti-Serra/Kassab, apresentado-se como o candidato de oposição que Haddad ainda não conseguiu encarnar.
De toda forma, esta pesquisa Ibope também reduz a três (Serra, Russomanno e Haddad) os candidatos que disputam de fato uma vaga no segundo turno, já que os demais (Soninha, Paulinho e Chalita) ficaram empacados com 5%, muito longe dos líderes.
A tendência natural do candidato petista, agora com o apoio televisivo de Lula, é continuar crescendo nas próximas pesquisas, mas não arrisco dinheiro do meu bolso para apostar quem são os dois que estarão no segundo turno.
Em quem aposta o caro leitor do Balaio?
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