terça-feira, 14 de agosto de 2012

PRIVATARIA - Faz lembrar o ínclito FHC.

Do: Bocanotrombone

Privatizar? Faz lembrar a triste figura do maior vendilhão da Pátria.

Os crentes do milagre neoliberal começaram a sentir na pele os efeitos de um confronto desigual: ao lado da privatização de empresas públicas, setores privados nacionais inteiros desapareceram, absorvidos ou vencidos por concorrentes externos, muitas vezes auxiliados por crédito fácil do próprio BNDES. O mesmo crédito negado aos brasileiros. Poucas vezes se viu sucateamento de tal monta.

A burguesia nacional começou a desconfiar que o "dever de casa bem cumprido” – controle da inflação, abertura comercial, reformas em vários níveis (segundo o figurino do Consenso de Washington) – resultava em déficits comerciais crescentes, falências, enfraquecimento do mercado interno devido ao desemprego, intensificação da dívida pública, duplicação da dívida externa, controle estrangeiro crescente da economia se contrapondo ao protecionismo sólido dos países industrializados, exatamente os maiores pregadores do livre mercado.
 

Marcos Pinto Basto


É só lembrar do exemplo da Gurgel. O empresário, nacional, pretendia montar uma fábrica no Ceará e precisava de um empréstimo do BNDES para gerar 5.000 empregos diretos e outros 15.000 indiretos. FHC negou. No mesmo ano o BNDES emprestou à Ford 10 vezes o valor pedido por Gurgel para montar a fábrica na Bahia que gerou 300 empregos sendo 150 para brasileiros: porteiros, faxineiros, garagistas etc. (os engenheiros todos americanos ou ingleses).  

Flávio Lopes

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