sexta-feira, 2 de agosto de 2013

MÍDIA - Fox News, a TV Globo americana.

Apresentadora tenta crucificar um autor muçulmano que ousou escrever um livro sobre Jesus Cristo — e transformou-o num bestseller

Kiko Nogueira, diário do centro do mundo
fox news entrevista estúpida
Apresentadora da Fox News tentou crucificar um autor muçulmano que ousou escrever um livro sobre Jesus (Foto: Divulgação / Vídeo)
A Fox News, organização de mídia mais conservadora dos EUA, realizou uma entrevista que é, desde já, candidata a uma lista curta das mais estúpidas de todos os tempos.
A âncora Laura Green chamou para uma conversa o professor Reza Aslan, autor de um novo livro chamado Zealot: The Life and Times of Jesus of Nazareth (Zelote: A Vida e a Época de Jesus de Nazaré).
Laura Green mandou ver de cara. “Você é muçulmano. Então, por que escrever um livro sobre o fundador do cristianismo?”
A pergunta, sem pé nem cabeça, merecia ser interrompida pelos comerciais ou pelo câmera. Mas Aslan se dignou a responder calmamente. “Bem, para ser claro, eu sou um estudioso das religiões, com quatro especializações, uma delas no Novo Testamento. Tenho fluência em grego bíblico e venho estudando as origens do cristianismo há duas décadas. Por acaso também sou muçulmano”.




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Laura não entende nada e continua sua autoimolação intelectual. “Mas por que você estaria interessado no fundador do cristianismo?” Aslan, meio incrédulo, como se estivesse explicando como funciona um sapato a uma criança de 5 anos, diz que é o trabalho dele. “É o que eu faço da vida”, conta. “Eu sou um historiador, um PhD.”
Ela volta, citando críticas negativas ao livro. A inquisição prossegue: “Eu creio que você nunca revelou que é um muçulmano.” Ao que ele retorque afirmando que “a segunda página do meu livro diz que eu sou um muçulmano.” Ui.
Além do fato evidente de que você não precisa ser a mesma coisa que o assunto de que fala, por trás da burrice de Laura Green está um antiislamismo doentio que grassa no mundo, em geral, e nos Estados Unidos, em particular. Numa das resenhas no site da Amazon, um sujeito escreveu que a obra é “uma tática que o diabo usa desde o início dos tempos — atacar o maior homem que já viveu e ver as vendas subirem. JESUS CRISTO É DONO DO MUNDO”. Outro maluco: “Um terrorista falando de Cristo. Pfffui…”. E por aí vai.
O livro, por falar nisso, trata da vida mundana de Jesus, visto por Aslan como um revolucionário numa terra convoluta. Tem 336 páginas. Não é seu típico presente de amigo secreto. Mas a Fox acabou prestando um favor a Aslan. Depois que o vídeo da entrevista tornou-se viral, Zealot subiu nas listas de mais vendidos como um foguete. A editora, Random House, foi obrigada a imprimir mais 50 mil cópias para dar conta dos pedidos. O professor deve estar até agora agradecendo por ter participado de uma das conversas mais absurdas de sua vida.
Vídeo:

O post Uma das entrevistas mais estúpidas da história apareceu primeiro em Pragmatismo Político.
Kátia Abreu vs. Greenpeace
Posted: 01 Aug 2013 07:39 AM PDT

Kátia Abreu perde processo para o Greenpeace em decisão unânime. Senadora foi chamada de “miss desmatamento”

kátia abreu greenpeace desmatamento
Decisão do Tribunal de Justiça do DF foi unânime e assegura liberdade de expressão (Foto: Greenpeace)
Em decisão unânime, os desembargadores do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT), decidiram contra o pedido de indenização por danos morais requerido pela senadora e presidente da Confederação de Agricultura e Pecuária no Brasil (CNA), Kátia Abreu (PSD-TO), ao Greenpeace Brasil.
Em 2009, a congressista entrou contra a entidade na Justiça alegando danos morais após ter sido chamada de “miss desmatamento” e “rainha do desmatamento” por três ativistas no Congresso Nacional durante protesto contra a atuação dela na aprovação da Medida Provisória 458, conhecida como “MP da grilagem”, por permitir a legalização da invasão de terras na Amazônia.
Na decisão publicada na segunda-feira passada (22), os desembargadores Waldir Leônio Lopes Júnior, J.J. Costa Carvalho e Sérgio Rocha concluíram que “não houve, no caso vertente [por parte dos manifestantes do Greepence], exercício abusivo da liberdade de manifestação, do pensamento e de expressão motivo pelo qual inexiste conduta ilícita”.




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“A decisão da Justiça é marcante e versa sobre algo muito mais amplo do que liberdade de manifestação. O que os desembargadores entenderam é que, como senadora, Kátia Abreu necessita dar satisfação de sua atuação pública e pode ser questionada por isso”, disse Fernando Furriela, advogado do Greenpeace Brasil, em nota publicada no site do Greenpeace Brasil.
Brasil de Fato

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