sábado, 12 de outubro de 2013

POLÍTICA - Pesquisa Datafolha.

Diário do Centro do Mundo


A pesquisa Datafolha mostra que Marina como vice de Campos não faz sentido

by Paulo Nogueira
Campos provavelmente terá que olhar para 2018 ou 2022
Campos provavelmente terá que olhar para 2018 ou 2022
A mais importante conclusão da nova pesquisa Datafolha é algo que já se sabia antes dela: a dupla Eduardo Campos e Marina Silva só faz sentido se ela for candidata à presidência e ele for qualquer outra coisa.
Como mostra a pesquisa, Dilma leva já no primeiro turno caso seus rivais sejam Aécio e Campos. Falta um ano, é verdade. Mas as chances de que as coisas mudem – com o trio Dilma, Aécio e Campos – são, definitivamente, escassas.
Com Marina no topo da chapa do PSB, como era amplamente sabido e o Datafolha confirma, o cenário fica mais indefinido. Primeiro, pode haver segundo turno. Depois, se realmente o houver, Marina iria para a grande final com muito mais chances do que Serra em 2010.
É muito “se”, é verdade. Mas o tabuleiro político vai se montar, aos poucos, em cima disso mesmo, os “ses”.
A ambição de Eduardo Campos de ser candidato a presidente em 2014 dificilmente resistirá a mais algumas pesquisas que apontem a mesma coisa do último Datafolha. Ele provavelmente terá que olhar para mais longe, 2018 ou mesmo 2022.
A polarização está posta: Dilma e Marina. O PSDB despede-se, em 2014, do papel de cabeça da oposição, qualquer que seja seu candidato. Aécio só avançará com um milagre, e Serra nem com isso: quatro entre dez eleitores o rejeitam, mostrou o Datafolha.
No campo das incógnitas, a mais fascinante reside no PT. Dilma é favorita a um segundo mandato, por ora. Aliás: amplamente favorita. Mas e se nos movimentos das peças se consolidar a candidatura de Marina? E se, isso acontecendo, as pesquisas apontarem equilíbrio entre Dilma e ela num eventual segundo turno?
Bem, aí o nome de Lula será cada vez mais murmurado. Repito: é muito “se”. Mas os “ses” costumam influir cada vez mais nas decisões capitais à medida que a distância para as eleições vai encurtando.

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