As evidências estão aparecendo. Não tardará para a verdade aparecer para acabar de desmoralizar a oposição e essa imprensa golpista.
Nassif revela evidências de "dedo tucano" no suposto dossiê
O jornalista Luis Nassif conseguiu informações de bastidores que indicam a participação de tucanos na elaboração do suposto dossiê que a revista Veja e o jornal Folha de S. Paulo --coincidentemente, dois veículos simpáticos ao tucanato-- andaram divulgando na última semana. Segundo informação postada no blog do Nassif, há inúmeras indicações que o suposto dossiê foi produzido por membros do governo Fernando Henrique para causar um "fato político" que estourasse no colo do Palácio do Planalto.
No sábado (22), mesmo dia que a revista Veja chegou às bancas com a "notícia" sobre o suposto dossiê, este Vermelho publicou matéria do jornalista Cláudio Gonzalez que também levantava a hipótese do documento ser obra da própria direita, interessada em reeditar o episódio ocorrido às vésperas das eleições de 2006. (Leia aqui: http://www.vermelho.org.br/base.asp?texto=34588 )Agora, Nassif traz novos indícios que fortalecem esta hipótese. Ele mesmo diz estar convencido de que o tal dossiê é uma armação. "Não é a primeira vez que sigo a intuição e aposto em uma direção. Se estiver errado, pago o pato: me penitenciarei publicamente aqui no Blog e me exporei aos ataques dos adversários. Mas minha convicção sobre a natureza do suposto dossiê está mais forte", diz ele."Tanto na matéria da Folha quanto da Veja, não havia uma indicação nem de onde veio o tal dossiê, nem quem foi chantageado por ele. E essa ausência absoluta de informações acende a luz amarela em qualquer jornalista com experiência em reportagem investigativa",explica Nassif.Governo anteriorA suspeita de Nassif sobre a origem do dossiê foi reforçada após a conversa que ele teve com um dos mais experientes repórteres políticos de Brasília. "Sua visão – de dentro do jornalismo brasiliense – ajuda a trazer mais dados para essa história do suposto dossiê contra Fernando Henrique Cardoso", diz Nassif. O jornalista, que Nassif preferiu não identificar, diz que há inúmeras indicações que o suposto dossiê foi produzido por membros do governo anterior. A primeira, é que os papéis não machucam ninguém. Apresentam apenas banalidades sobre os gastos de FHC. Depois – continua ele – porque, pela descrição da Folha, percebe-se que foram extraídos de três bases de dados diferentes, com três letras diferentes de computadores, com diferentes tratamentos a dona Ruth.O jornalista ouvido por Nassif garante que esses papéis não foram produzidos na Casa Civil. "No máximo pode haver alguma coisa da base de dados que foi juntada às trezes folhas. A Casa Civil pode ter seu levantamento, mas não é esse", opina.Já havia suspeitas de que o material reproduzido pela Folha na quinta tivesse sido fornecido pela Veja. Primeiro, pelo fato de nenhuma das duas empresas darem a menor dica sobre a proveniência dos dados. Em qualquer jornalismo que se preze, não se entregam as fontes mas se dão dicas sobre a origem da informação, como forma de situar o leitor. Ou do Congresso, ou de fontes do Palácio, ou de fontes do antigo governo, qualquer coisa que permita ao leitor saber o que estão lhe servindo.As duas publicações nada falam sobre isso. Mas a confirmação veio na última edição de Veja.Porões Dilma Rousseff negociou terça e quarta pessoalmente com Roberto Civita a publicação do desmentido oficial da Casa Civil, diz ele. O acordo foi fechado na quarta. A confirmação veio na última edição da revista, no espaço aberto à Ministra. A redação da Veja se sentiu acuada. O suposto dossiê foi entregue à Folha na quinta – típica reação dos porões, diz o jornalista.E porque porões? Aí entra a questão da bruxaria, imagem que ele vai buscar em matéria de Elio Gaspari na Veja, em 1985, quando Brasília amanheceu coalhada de cartazes indicando que o Partido Comunista apoiava Tancredo.Todo mundo sabia disso, não era novidade. A novidade era saber quem colocou os cartazes. Enquanto a imprensa saía atrás da repercussão dos cartazes, Gaspari saía atrás da identidade dos responsáveis – que haviam sido presos. Descobriu-se que eram pessoas do Centro de Informações do Exército, pretendendo açular a linha dura.Segundo Nassif, a lógica é a mesma do suposto dossiê. "Todo mundo sabe que o governo está se armando. Mas o dossiê foi gerado fora do governo para criar um fato político – não com a linha dura do Exército, obviamente, mas com os falcões do Congresso".Tem uma matéria da Veja acontecendo neste momento, diz o jornalista. "Não é só calvinista, falso moralismo, não é só estupidez que está exposta. Tem bruxaria também e que está se desdobrando agora. O pessoal antigo de FHC voltou a operar", revela.Enquanto alguns tucanos operam nos esgotos da mídia, outros atuam nos corredores do Congresso Nacional para sustentar a farsa montada por eles mesmos. A tática é usar a CPI dos Cartões Corporativos para acusar o governo de chantagem. Nesta semana, líderes tucanos usaram e abusaram das tribunas do legislativo para apontar o dedo acusador para o governo e especialmente para a ministra Dilma Roussef, exigindo dela "explicações" sobre o tal dossiê.Grande pautaO jornalista ouvido por Nassif diz que, em Brasília, a grande pauta do momento é saber quem confeccionou o suposto dossiê.Um leitor do blog de Nassif resgatou trecho de uma reportagem da própria Folha de S. Paulo que pode ajudar bastante a desvenda esta pauta.A reportagem é de 12 de fevereiro, foi publicada na página 5, caderno 1 - Brasil e diz que "o acordo do deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP) com o governo na eventual CPI dos Cartões Corporativos mobilizou o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e auxiliares numa varredura de dados,(...) À tarde, o presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), reuniu-se com o secretário de Organização do partido, Eduardo Jorge, ex-secretário-geral da Presidência na gestão FHC. Jorge ficou encarregado de coletar dados sobre o período e checar que tipo de documentação estaria arquivada, assim como o acesso a ela". "Ficou claro que os tucanos também possuem uma base de dados sobre o período e o fato desse relatório de 13 páginas, obtido por Veja, jamais ter sido divulgado na íntegra - apenas fragmentos - faz pensar que esses dados que estão circulando podem ter vindo de quem realmente tinha interesse em divulgá-los", diz o leitor José Augusto Zague, que deu a dica para Nassif.A mesma suspeita têm o governo. Tanto que a própria ministra Dilma Roussef foi porta-voz deste questionamento. "A pergunta que o governo faz hoje é: a quem interessa o vazamento dos dados?", disse Dilma durante entrevista coletiva concedida neste sábado (29) em Curitiba."Muita gente sabe e viu. A esperança é descobrir quem", acrescentou a ministra, ao informar que já foi iniciado o processo de apuração de responsabilidades: "O grave é o vazamento de informações, que vai ser apurado. Não sabemos quem formatou, a sindicância já foi aberta
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