Desde ontem tornou-se visível na mídia uma certa campanha para desqualificar o pré-sal. Manchetes negativas, textos idem, vão passando o nítido propósito dos jornalões de desestimular investidores e de atingir a Petrobras, a responsável pelas descobertas das reservas energéticas e exploração inicial na área.
Ontem, os jornais diziam que os poços perfurados na área não seriam tão rentáveis quanto inicialmente se esperava. Hoje, inclusive, o Estadão traz para a sua 1ª página uma chamada com o título "Geólogos dizem que índice de sucesso do pré-sal vai cair".
Aí, você lê a matéria e não é isso, percebe que a chamada é uma coisa e dentro, no texto, é outra: na reportagem, a Petrobras informa ter perfurado 30 poços na área do pré-sal, com índice de sucesso de 87% no conjunto deles. E que na Bacia de Santos, a estatal calcula sucesso em 100% de seus poços.
A campanha pró-privataria
Na sequência, o jornal encaixa a sua pitada, o que realmente quer com a notícia e que lhe interessa, já que é visceralmente contra estatais e a favor da privataria: "Para geólogos, a tendência, porém é a redução desse índice no futuro, chegando a 30% (de sucesso nos poços perfurados)".
Mas o jornal é obrigado a admitir (e o faz no texto): o índice "é considerado bom, porque a média mundial é de 10% ou 12%". E a publicar a opinião de um especialista que adverte: furar poços secos é "inerente à atividade".
Se a Petrobras vem obtendo 87% de sucesso nos postos perfurados, mas a previsão dos "especialistas" é de que isso caia para 30%, não está ótimo quando a média mundial admitida pelo jornal é de 10% a 12%?
Fonte:Blog do Zé dirceu
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