O Festival de Cinema de Veneza mira este ano o capitalismo, nas premières do documentário de Michael Moore sobre o derretimento da economia dos Estados unidos e de um drama em que Matt Damon interpreta um corrupto delator do mundo corporativo.
Em "Capitalismo: Uma História de Amor", que participa da mostra competitiva do festival anual, Moore enfrenta os chefões das corporações com o estilo combativo que é sua marca, trazendo o tema quente da recessão para a pitoresca avenida beira-mar do Lido.
E "O Informante!", dirigido por Steven Soderbergh, tem Damon no papel de um desonesto executivo, baseado em uma história real, que expôs sua empresa a táticas de fixação de preços. O filme será apresentado fora da mostra competitiva do festival, que se realiza entre 2 e 12 de setembro.
Damon é um dos vários atores de primeira linha de Hollywood esperados no tapete vermelho em 2009, num momento em que os estúdios parecem preparados para arcar com custos substanciais e ir a Veneza para causar alvoroço por seus filmes, na largada da temporada de premiações.
Centenas de fãs aglomerados fora do cinema principal onde haverá as estreias de gala se manterão firmes diariamente à espera de ver Nicolas Cage, George Clooney, Oliver Stone, Charlize Theron, Eva Mendes, Richard Gere e Sylvester Stallone, entre outros.
A edição de 2009 do mais antigo festival de cinema do mundo parece prestes a ofuscar a do ano passado, que apesar do aclamado retorno de Mickey Rourke, em "O Lutador", com a conquista do Leão de Ouro de melhor filme, foi considerada medíocre e sem a força dos astros do cinema.
"No papel, parece que vai ser algo bom. Essas pessoas vão dar ao tapete vermelho do festival o glamour de que está precisando", disse Lee Marshall, crítico de cinema da Screen International e presença constante no evento em Veneza.
"Isso faltou no ano passado, que muitos consideraram um festival fraco nesse aspecto. Muitos representantes da mídia cancelaram sua vinda depois do anúncio da programação", disse Marshall, revelando o quanto a mídia, ela também contaminada pelos valores capitalistas, espetaculariza o festival, deixando a qualidade dos filmes exibidos em segundo plano.
Fonte: Reuters/Site O Vermelho.
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