sábado, 12 de setembro de 2009

HONDURAS - EUA convidaram o regime golpista hondurenho para um exercício militar.

O Comando Sul dos Estados Unidos convidou as Forças Armadas do governo de fato de Honduras para participar das manobras Panamax 2009, apesar de Washington ter anunciado, um mês atrás, sua intenção de suspender toda a cooperação militar com o país centro-americano.

A reportagem é do jornal argentino Clarín, 11-09-2009. A tradução é do Cepat.

A participação de Honduras, junto com outros 21 países, foi relacionada numa lista distribuída nas últimas horas na capital panamenha pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos, que coordenará os exercícios militares entre 11 e 22 de setembro.

À noite, no fechamento desta edição, fontes do governo de Tegucigalpa disseram que, apesar do convite, recusariam a convocação.

O convite ao regime de fato parece contradizer a posição oficial da Casa Branca, que proclama que não aceita o golpe que depôs Manuel Zelaya e pede um isolamento do regime golpista. Recentemente, Washington cortou parte de sua ajuda financeira e restringiu a entrega de vistos a hondurenhos como forma de pressão.

Para estes exercícios foram convidados Argentina, Belize, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, El Salvador, Guatemala, Holanda, Nicarágua, Panamá, Peru, República Dominicana, Uruguai e Paraguai. A presença de marinheiros mexicanos e franceses está prevista na qualidade de observadores.

Honduras ficou isolada do resto da comunidade internacional como resposta ao golpe de Estado de 28 de junho último que depôs Zelaya da presidência e impôs Roberto Micheletti com o apoio das Forças Armadas. Os Estados Unidos, respaldando uma decisão da Organização de Estados Americanos (OEA), anunciaram que não reconhecerão o vencedor das eleições marcadas para o próximo dia 29 de novembro. Vários países do mundo exigiram que os Estados Unidos suspendessem a colaboração militar com Honduras e que suas forças militares saiam da base militar Coronel Soto Cano em Palmerola, que foi usada como ponte durante o golpe de Estado. Washington garantiu que “não teve participação nem conhecimento” dessa manobra.

Durante as manobras militares, se reunirão junto ao Canal do Panamá cerca de 7.000 homens, entre civis e militares.
Fonte:IHU

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