Como se sabe, a maioria da bancada ruralista é formada por grandes proprietários que entra governo sai governo,consegue empurrar para frente sua monstruosa dívida bancária.São esses proprietários que querem julgar o MST.
Carlos Dória
Maus pagadores dos bancos públicos querem retaliar movimento social.
A senadora Kátia Abreu (DEM-TO) e o líder do DEM na Câmara, Ronaldo Caiado (GO), ambos representantes da bancada ruralista, protocolaram no Senado pedido de CPI mista (CPMI) para investigar denúncias de repasses de recursos públicos e do Exterior ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
A CPMI pretende investigar denúncias publicadas pela revista Veja e pelo jornal O Estado de S. Paulo de repasses feitos pela administração pública federal e entidades estrangeiras a cooperativas e associações ligadas ao MST para supostamente financiar "invasões de prédios públicos e propriedades rurais", disse a senadora. A informação é da Agência Brasil.
Muito bem. Sugerimos, agora, que a bancada não-ruralista, que (penso eu) é majoritária no Congresso protocole um pedido de CPI com o seguinte objeto de investigação: examinar todos os passivos bancários, créditos em liquidação e empréstimos incobráveis dos proprietários de terras com áreas superiores a um mil hectares nos bancos da União federal.
Há suspeitas empíricas e evidências factuais que apontam para um patrimônio fabuloso apropriado por tais proprietários rurais, e que de alguma forma não querem ou não podem saldar as dívidas contratadas. Não se trata de denúncia vazia da revista Veja ou do Estadão, mas de fatos conhecidos pelos brasileiros, sabedores da histórica índole velhaca destes tomadores de recursos públicos sem o devido ressarcimento contratual.
Fac-símile: declaração de bens da senadora Abreu, do ano de 2006, onde ela declara um "terreno rural" de 1.268 hectares por 10 mil reais, e outro "terreno rural" de 1.205 hectares por 27 mil reais. Cara-de-pau.
A rigor, a senadora é proprietária de 4.500 hectares de terras, povoada com 3.500 cabeças de gado de corte, esparramados pelos seus eufemísticos "terrenos rurais".
Fonte:Blog Diário Gauche
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