Aécio Neves atucanou a Light e bairros do Rio sofrem cortes de Luz
Light é a empresa distribuidora de energia elétrica na cidade do Rio de Janeiro.
FHC a privatizou para a estatal francesa EDF, ou seja, uma estatal francesa comprou uma empresa de eletricidade que pode cortar a luz da segunda maior cidade do Brasil, sede de muitas instalações governamentais e militares. Coisa típica de demo-tucano.
Em março de 2006, muitos anos depois, Aécio Neves participou de outro consórcio, daqueles típicos de privatização demo-tucana, daquelas que Daniel Dantas montava, para comprar a participação francesa na LIGHT.
A CEMIG (COM 25%) juntou-se ao Banco Pactual (25%), ao Grupo Andrade Gutierrez (25%), e à Luce do Brasil (25%).
A CEMIG entra com o dinheiro mas não manda, porque ficou com 25% do controle (minoritária), e os acionistas privados se juntam e detém o controle da empresa.
Desde então, o choque de gestão privado é colocado em prática: investimento mínimo, custo mínimo até em manutenção da rede, demissão em massa de eletricistas, contratação de mão-de-obra terceirizada barata e de baixa qualificação, lucro máximo e aumento de casos de cortes de Luz nos bairros.
Enquanto os cortes atingiam bairros de classe média-média e baixa, a imprensa noticiava nos cadernos do noticiário local, e a culpa era do calor e das ligações clandestinas, poupando as responsabilidades da empresa privatizada na falta de investimento e no gasto adequado com equipes de manutenção preventiva.
Quando atingiu os bairros nobres de Copacabana, Ipanema, Leblon alcançou o noticiário nacional, até com a intenção de confundir com o blecaute nacional em Itaipu.
Porém o noticiário nacional omite a responsabilidade de Aécio Neves, uma vez que o governo de Minas é controlador da CEMIG, e acionista da LIGHT. Sequer o procura para dar sua versão.
QUEM SÃO OS SÓCIOS DE AÉCIO NA LIGHT
Luce Brasil é um fundo de investimento do banqueiro Aldo Floris. Foi um dos donos do Banco Liberal, vendido para o Bank of America, em transação que acabou em processo na justiça de Nova York por desvio de dinheiro e superfaturamento, em caso semelhante ao do Citibank contra Daniel Dantas.
O Banco Liberal também apareceu nas movimentações financeiras do escândalo dos precatórios de Maluf e Celso Pitta.
O Banco Pactual (BTG-Pactual) foi vendido para o UBS Suíço, na mesma época, em maio de 2006. Recentemente foi recomprado por quem vendeu, André Esteves. Entre os sócios de André Esteves estão Pérsio Árida, ex-presidente do BNDES na época das privatizações de FHC, e ex-sócio de Daniel Dantas no Banco Opportunity.
Como o mercado de investimentos especulativos só dá dinheiro quando a roda gira, e é sempre preciso estar comprando e vendendo alguma coisa, já rola a conversa da CEMIG comprar a participação acionária do Pactual na LIGHT.
Ora, se a CEMIG quisesse comprar uma parte maior da LIGHT por que não o fez em 2006, em vez de associar-se à estes banqueiros privados? Acho que todos nós sabemos a resposta.
O contribuinte mineiro, e o consumidor de eletricidade do Rio e de Minas, devem proteger seus bolsos e segurar suas carteiras, mesmo quando a luz estiver acessa.
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