O PMDB não muda jamais
Tem muita gente dando bola para a candidatura própria do PMDB à presidência da República, lançada na semana passada, desta vez com o nome do governador Roberto Requião (PR). Levar a sério este movimento equivale a acender muita vela para um defundo que não merece tanta cerimônia. A questão é simples: o PMDB não terá candidato próprio por uma única razão - a falta de unidade partidária.
A elite do partido, digamos assim, está fechada com Dilma e tem força para controlar a Convenção Nacional, evidentemente com a ajuda do governo. Hoje, quem manda no PMDB de verdade são os deputados Michel Temer (SP), Eduardo Cunha (RJ), Eliseu Padilha (RS) e Henrique Eduardo Alves (RN), além dos senadores José Sarney (AP) e Renan Calheiros (AL). E estão todos muito mais próximos do governo do que se imagina por aí. Sim, existe uma dissidência importante, capitaneada por Orestes Quércia, presidente do diretório de São Paulo, que prefere apoiar José Serra.
No meio deste jogo, há os "independentes", que não têm força alguma - o senador Pedro Simon (RS) é o maior expoente da turma. A movimentação pela candidatura própria ganhou o apoio tático de Quércia e seu grupo porque serve para desgastar a ideia de apoio à Dilma. E ganhou também o apoio de parlamentares ligados ao grupo que de fato manda no partido, porque esta jogada cai como uma luva no velho ditado de que é preciso criar dificuldade para vender facilidade. Requião não será candidato à presidência, nem o PMDB apoiará José Serra.
Da mesma maneira que aconteceu em 2002, o PMDB irá para a eleição rachado e em alguns estados seus líderes apoiarão Serra, em outros o apoio será para Dilma. Mas o tempo na televisão, que é o que de fato importa, ficará com a candidata do PT. É bom lembrar que em 2002 o PMDB indicou o vice na chapa do mesmo José Serra, e Quércia, por exemplo, apoiou Lula. Agora o jogo virou: o ex-governador paulista, mais Jarbas Vasconcellos e outras lideranças regionais darão suporte à candidatura tucana de Serra, se ele vier mesmo a ser candidato.
No fundo, a única coisa que pode embaralhar o jogo é uma eventual candidatura de Aécio Neves, governador de Minas Gerais. Neste caso, a ala governista do partido pode pender para o tucanato, pois Aécio tem mais capacidade de convencimento para agregar apoios. Ainda assim, este blog aposta que o PMDB estará formalmente casado com Dilma, pulando a cerca aqui e acolá. É da natureza do partido e ninguém no meio político acredita seriamente em outra hipótese. Nem José Serra...
Fonte: Blog Entrelinhas
A elite do partido, digamos assim, está fechada com Dilma e tem força para controlar a Convenção Nacional, evidentemente com a ajuda do governo. Hoje, quem manda no PMDB de verdade são os deputados Michel Temer (SP), Eduardo Cunha (RJ), Eliseu Padilha (RS) e Henrique Eduardo Alves (RN), além dos senadores José Sarney (AP) e Renan Calheiros (AL). E estão todos muito mais próximos do governo do que se imagina por aí. Sim, existe uma dissidência importante, capitaneada por Orestes Quércia, presidente do diretório de São Paulo, que prefere apoiar José Serra.
No meio deste jogo, há os "independentes", que não têm força alguma - o senador Pedro Simon (RS) é o maior expoente da turma. A movimentação pela candidatura própria ganhou o apoio tático de Quércia e seu grupo porque serve para desgastar a ideia de apoio à Dilma. E ganhou também o apoio de parlamentares ligados ao grupo que de fato manda no partido, porque esta jogada cai como uma luva no velho ditado de que é preciso criar dificuldade para vender facilidade. Requião não será candidato à presidência, nem o PMDB apoiará José Serra.
Da mesma maneira que aconteceu em 2002, o PMDB irá para a eleição rachado e em alguns estados seus líderes apoiarão Serra, em outros o apoio será para Dilma. Mas o tempo na televisão, que é o que de fato importa, ficará com a candidata do PT. É bom lembrar que em 2002 o PMDB indicou o vice na chapa do mesmo José Serra, e Quércia, por exemplo, apoiou Lula. Agora o jogo virou: o ex-governador paulista, mais Jarbas Vasconcellos e outras lideranças regionais darão suporte à candidatura tucana de Serra, se ele vier mesmo a ser candidato.
No fundo, a única coisa que pode embaralhar o jogo é uma eventual candidatura de Aécio Neves, governador de Minas Gerais. Neste caso, a ala governista do partido pode pender para o tucanato, pois Aécio tem mais capacidade de convencimento para agregar apoios. Ainda assim, este blog aposta que o PMDB estará formalmente casado com Dilma, pulando a cerca aqui e acolá. É da natureza do partido e ninguém no meio político acredita seriamente em outra hipótese. Nem José Serra...
Fonte: Blog Entrelinhas
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