Segundo a promotoria, o réu foi membro da SS (a tropa de elite nazista) e realizou os assassinatos juntamente com cúmplices em um vilarejo da Áustria, Deutsch Schuetzen, em 29 de março de 1945.
Os restos das vítimas, que eram prisioneiros e faziam trabalhos forçados, foram encontrados em uma vala comum em 1995 pela Associação Judaico-Austríaca.
O réu foi identificado no tribunal na cidade alemã de Duisburg (oeste do país) apenas como um aposentado, morador da localidade.
Bosque
De acordo com o correspondente da BBC em Berlim Steve Rosenberg, ele não foi encontrado pela polícia ou por caçadores de nazistas, mas sim por um estudante universitário austríaco, que alertou as autoridades.
O estudante pesquisava sobre um massacre ocorrido durante a Segunda Guerra Mundial perto da fronteira austro-húngara.
Os promotores disseram que o acusado e seus cúmplices levaram pelo menos 57 judeus para um bosque "onde eles tiveram que entregar seus objetos de valor e se ajoelhar próximos a uma vala".
"O acusado e outros integrantes da SS então atiraram de forma cruel contra os trabalhadores forçados judeus, pelas costas", de acordo com a declaração de um porta-voz da promotoria.
O aposentado de 90 anos também é acusado de matar a tiros outro judeu que não conseguia mais andar durante uma marcha forçada, no mesmo dia ou um dia depois.
A vala comum onde foram encontradas as vítimas agora está assinalada com uma placa.
Segundo Steve Rosenberg, o aposentado tem duas semanas para responder às acusações, e o tribunal em Duisburg deverá decidir se ele tem condições de saúde para enfrentar o julgamento.
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