As urnas ex-”100% seguras”
Os blogs do Luiz Nassif e de Paulo Henrique Amorim reproduzem uma ótima matéria do IDGNow! que mostra que o vencedor do “concurso de hackers” promovido pelo TSE, Sérgio Freitas da Silva, um dos poucos independentes que havia ali, quebrou de fato o sigilo da votação, captando com a antena de um rádio de pilha os sinais eletromagnéticos emanados do teclado da urna. Apesar de dar o prêmio a Sérgio, o TSE disse que era impraticável quabrar o sigilo do voto daquela maneira, pois a antena teria de ser praticamente encostada na urna.
Infelizmente, não é assim. O que Sérgio fez - e ele mesmo avisou - não tem nada de novo ou secreto. No vídeo aí em cima, mostro como uma pequena antena, a um metro da urna, capta e faz ser “traduzido” em outro micro o que se digita em um teclado. Aqui, outro vídeo, mostra como uma antena mais potente pode fazer o mesmo de outra sala, separada por uma parede.
O teste foi feito pelos os pesquisadores Martin Vuagnoux e Sylvain Pasini para o Laboratório de Segurança e Criptografia de Lausanne e demonstrou ser eficiente até distâncias superiores a 20 metros.
O laboratório pertence à Ecole Polytechnique Fédérale de Lausanne . Se o Ministro Jobim, que proclama a invulnerabilidade dessa urna ou o TSE tiverem algum interesse, no site há endereço e telefone da Escola para eles perguntarem se é verdade. A escola é pública, não vai cobrar nada.
Agora, este método quebra o sigilo do voto, mas não pode fraudar. A fraude é nos programas. Mas estes não podem ser testados.
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