A quantidade de funcionários terceirizados no Sistema Petrobrás é o assunto do momento. E vários representantes dos trabalhadores estão denunciando esta questão. O presidente da AEPET, Fernando Siqueira faz um comentário sério e claro sobre o problema. "Este é mais um problema da nossa falida política de RH. A terceirização é ruim para todos: 1) para o terceirizado porque ele não tem segurança e treinamento adequado. É obrigado a formar uma empresa para reduzir os encargos sociais. 2) Para a Petrobrás porque ela recebe uma mão de obra mal treinada, insatisfeita, rendendo pouco e o que é pior: é uma fonte de nepotismo e corrupção com nomeação de parentes, amigos e amantes. Têm ocorrido casos muito graves: terceirizados fazendo trabalho em atividades fins como projeto, pesquisa fiscalização de atividades de produção e outras atividades estratégicas. Mais grave: no Cenpes tem terceirizado, não concursado, fazendo atividades de pesquisa, enquanto nossos mestres de PHD´s ficam fiscalizando contratos. Ou seja, a tecnologia não fica na empresa. Havendo maior oportunidade para espionagem industrial. Já fizemos reuniões reclamando disto, mas o chefe do Cenpes é um remanescente da gerência neoliberal do Governo passado. 3) Os concursados, que chegam a 85.000 e estão no cadastro de reserva vendo os seus concursos perderem a validade enquanto pessoas menos qualificadas (algumas fizeram o mesmo concurso e não passaram) estão ocupando as suas vagas. Já fizemos carta ao presidente da Petrobrás denunciando isto, em 2009 e, até hoje não tivemos resposta. Mas a reação está crescendo. No governo FHC tínhamos 120.000 pessoas terceirizadas. O PT vociferava contra. Hoje chegamos a 300.000, com o PT no Governo e comandando o RH. Isto é muito sério. A Petrobrás fica altamente vulnerável com essa modalidade de contratação de mão de obra"; Conclui Fernando Siqueira
Fonte: AEPET.
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