O mapa da votação do salário mínimo na Câmara mostra que essa foi a segunda vitória mais expressiva do PT neste tipo de votação desde que assumiu o governo federal, em 2003.
A reportagem é de Ranier Bragon e Maria Clara Cabral e publicada pelo jornal Folha de S. Paulo, 18-02-2011.
Por 361 votos contra 120, os deputados derrubaram a tentativa da oposição de adicionar mais R$ 15 ao valor de R$ 545 aprovado.
O índice de 73% de adesão chegou bem perto da melhor marca (75%), em 2007, primeiro ano da segunda gestão do ex-presidente Lula, quando foi concedido aumento real de 5,1% ao mínimo.
Os 361 votos de apoio à proposta de Dilma Rousseff superam em 53 votos o necessário para aprovar emendas à Constituição, por exemplo.
Na votação de anteontem, as "traições" na base governista, na votação principal, também foram a segunda mais baixa desde 2003.
Só 16 deputados de legendas aliadas ao Planalto votaram a favor da emenda do oposicionista DEM, que pretendia fixar valor de R$ 560.
Essa baixa dissidência foi amenizada ainda pela adesão de deputados da oposição - quatro apoiaram a proposta do Planalto.
INCÔMODO
O líder do PT, Paulo Teixeira (SP), afirmou que todos os líderes de legendas aliadas estão "incomodados" com o PDT. "Queremos cobrar coerência. Do nosso ponto de vista, o PDT errou em sua estratégia", disse Teixeira.
O PT registrou duas traições - Eudes Xavier (CE) e Francisco Praciano (AM)- mas o líder do governo, Cândido Vaccarezza (PT-SP), minimizou a possibilidade de punições, alegando que a dissidência foi pequena.
Praciano disse que tomou a atitude para "tentar compensar sua cabeça e seu coração e evitar constrangimento" por causa do aumento de mais de 60% concebido aos deputados, em dezembro.
Além de PMDB, votaram integralmente com o governo o PSB, o PC do B e o PSC, entre as principais siglas.
Fonte:IHU
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