sábado, 5 de fevereiro de 2011

POLÍTICA - O PT mineiro juntando os cacos.

Blog de Luis Nassif

Por Ricardo Souza

o PT mineiro tentando juntar os cacos depois de (do Pimentel) ter implodido o brilhante trabalho executado pelo partido por anos no executivo municipal até a eleição do Marcio Lacerda em 2008 para a prefeitura de BH, coligado com Aécio que, diga-se de passagem, no final das contas, foi o unico beneficiado pela lambança dos barbudos.

Patrus e Pimentel vão selar a unidade do PT

A ideia foi referendada em reunião da executiva do partido, realizada em Belo Horizonte

Amália Goulart


O PT mineiro pretende dar o primeiro passo oficial pela unificação do partido em Belo Horizonte no próximo dia 13. Vai colocar lado a lado o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, e o ex-ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome Patrus Ananias.

Os dois fazem parte de grupos rivais. Estarão juntos para começar a discussão sobre as eleições municipais de 2012. A ideia foi referendada nesta sexta-feira (4) durante reunião da executiva do PT de Belo Horizonte, que contou com a participação de lideranças da legenda. Ela será concretizada em um fórum em homenagem aos 31 anos do PT da capital.

Os filiados chegaram à conclusão de que farão todos os esforços pela unificação. “Se não construirmos uma maioria política, vai sobrar para 2014”, afirmou o presidente estadual do PT, deputado federal Reginaldo Lopes, um dos interlocutores de Pimentel.

Os petistas estão preocupados em não repetir o processo que culminou na eleição de Marcio Lacerda (PSB) para a Prefeitura de Belo Horizonte em 2008. Na ocasião, os grupos de Patrus e Pimentel não se entenderam provocando um racha na legenda, que se refletiu no pleito pelo Governo de Minas, no ano passado. “Independentemente da posição que cada um possa ter, existe um consenso entre nós: temos de estar unidos. E para construirmos a unidade temos de ser sinceros”, resumiu o deputado estadual Rogério Correia, aliado de Patrus.

Na prática, o PT tem um dilema em vista. Faz parte da base que sustenta o governo municipal. Já definiu, porém, que não irá apoiar qualquer candidatura que tenha inserida o PSDB, como aconteceu em 2008. Lacerda terá de decidir se deseja os petistas ou tucanos. Fontes ligadas às negociações acreditam que toda a movimentação do prefeito tem beneficiado o PT. A começar pela montagem da executiva do PSB no Estado. O vice-presidente é Walfrido dos Mares Guia, ligado aos petistas. Na reforma administrativa que pretende implementar, o socialista não pretende desprestigiar o partido. Mas ele também não irá emitir sinais contrários ao PSDB.

Enquanto isso, o PT mineiro busca agregar os grupos internos. Reginaldo Lopes sugeriu ontem que a decisão sobre 2012 seja tomada de forma consensual entre as lideranças políticas e não por meio do voto dos delegados. “Não dá para levar isso ao processo do mérito”, defendeu.

O presidente do PT de Belo Horizonte e vice-prefeito, Roberto Carvalho, informou que comunicou à direção nacional da legenda que, desta vez, não será necessária a intervenção de Brasília nas decisões regionais da sigla. “Eu disse ao José Eduardo Dutra (presidente do PT) que não vai ter precipitação”, afirmou. Em 2008, o partido chegou a ameaçar intervir no diretório.

A decisão sobre o processo eleitoral de 2012 vai passar pela Executiva em Brasília. Na próxima semana, o diretório nacional se reúne para começar a definir o processo de alianças para o pleito municipal. Em Belo Horizonte, a sigla formou uma comissão para tratar do assunto.

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