Futuro presidente do DEM, Agripino se irrita com "radicais".
Ana Cláudia Barros e Marcela Rocha
Escolhido para encabeçar a chapa única na disputa pela Executiva do DEM, o senador Agripino Maia (RN) já tem dito a seus interlocutores mais próximos que não trabalhará em defesa da ala "radical" da sigla, como é caracterizado o grupo ligado ao atual presidente do partido, deputado Rodrigo Maia(RJ).
Segundo demistas, o futuro presidente da legenda já estaria "irritado" com a condução das recentes negociações pela liderança nacional da agremiação.
- Os radicais não contarão comigo. Radicalismo nunca fez meu perfil ao longo de toda a minha vida. Fui prefeito, governador, senador e sempre pautei meu comportamento pela moderação e pela racionalidade - disse o senador a Terra Magazine.
Agripino foi escolhido por setores adversários do DEM para "pacificar" a legenda, que sofre com os crescentes e inesgotáveis atritos entre o setor ligado a Rodrigo Maia e o ligado ao prefeito de São Paulo Gilberto Kassab (SP).
Os atritos, justificam demistas, são regionais. Explicam: para assegurar o domínio regional do partido, líderes locais têm, ainda segundo integrantes da alta cúpula do partido, aniquilado a possibilidade de disputa interna.
Os problemas regionais têm nome e endereço. Aliados de Kassab querem minar alguns líderes estaduais. Os deputados Ronaldo Caiado (GO), Ônix Lorenzoni (RS), Rodrigo Maia e Abelardo Lupion (PR) são apontados por interlocutores do prefeito como monopolizadores do poder local.
Para resolver essa questão, aliados de Kassab reforçam que a tarefa de Agripino é pacificar e assegurar eleição onde não houver acordo.
Terra Magazine
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