O senador Cristovam Buarque (PDT-DF) manifestou sua indignação por reportagem veiculada na TV americana que chamou a presidente da República, Dilma Rousseff, de terrorista. Ele também explicou o que pretendeu ao apresentar a chamada PEC da Felicidade, segundo ele atribuída erroneamente pelo jornalista americano a Dilma Rousseff.
Segundo Cristovam, "nenhum jornalista brasileiro chamou o presidente Bush de terrorista quando jogava bombas no Iraque para tirar um ditador sanguinário que ali estava de presidente já havia muito tempo". O senador disse que a acusação a Dilma foi feita porque ela, "aos 20 anos de idade, teve a coragem, a ousadia, a responsabilidade cívica de lutar contra a ditadura, inclusive por um caminho que muitos de nós não aceitamos à época".
“Mas isso não nos dá o direito de acusá-la de ter cometido terrorismo”, afirmou Cristovam, lembrando que se passaram 40 anos desde que Dilma se insurgiu contra a ditadura e que hoje ela é a presidente eleita com 52 milhões de votos.
O senador acrescentou que a emissora TV disse "uma mentira muito grande" ao imputar a Dilma a intenção de incluir na Constituição a ideia de que a felicidade deve ser concedida a todos os brasileiros. Ele explicou que, além de a proposta ser dele e não de Dilma, "não pretende garantir felicidade para ninguém". “Só um estúpido iria colocar uma emenda dizendo que a felicidade é garantida. E só gente muito ingênua é capaz de acreditar que algum estúpido faria uma coisa dessas.”
A PEC da Felicidade, explicou Cristovam, inclui três palavras no artigo 6º da Constituição. A esse artigo, que define os direitos sociais, como educação, saúde, segurança e habitação, a PEC acrescenta a expressão "essenciais à busca da felicidade", antes de arrolar os direitos que prevê. “Ninguém vai nem garantir a busca da felicidade a ninguém. O que a gente vai fazer é mostrar a cada mãe deste país que a educação do filho tem a ver com a busca da felicidade. É colocar que o direito à habitação tem a ver com a felicidade, que a segurança por onde você anda tem a ver com a felicidade.”
Na opinião de Cristovam, trata-se de "uma tentativa de humanizar um artigo que garante os direitos sociais, lembrando que, sem eles, fica impossível buscar a felicidade, porque desempregado tem dificuldade em buscar a felicidade quando chega em casa à noite sem dinheiro para comprar o pão; porque quem não tem uma boa escola tem dificuldade em buscar a felicidade, por falta de alternativas de como sobreviver; porque, na fila de uma hospital, sentindo dores, é difícil ter a chance de buscar a felicidade".
Da Redação, com informações do Portal do PDT
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