A insustentável farsa da rede de Marina ongueira --- O Espírito de 1945 hoje --- Algumas verdades sobre Marina Silva
Posted: 05 Oct 2013 09:05 PM PDT
A insustentável farsa da rede de Marina ongueira
Fernando Soares Campos
Marina
Silva nunca teve intenção de fundar um novo partido. O mau exemplo de
Heloísa Helena com o PSOL é suficiente para mostrar a ela que se trata
de um jogo perigoso. Voltar para o Acre e se candidatar a vereadora,
como HH em Alagoas, seria muito humilhante, para ela e para seus atuais
mentores. Aliás, lá ela está menos prestigiada do que em outras regiões.
Essa “tentativa” de registrar um partido não passou de pura encenação.
Umas duas ou três semanas na mídia está servindo consolidar ainda mais a
sua marca de vítima (“vítima do PT”; livram a cara do PV, tentáculo da
direita, no qual ela foi vítima de verdade, deixou-se enredar por
armações politiqueiras).
Muita
gente fica repetindo aquilo que a mídia empresarial fez a população
acreditar: que ela sofreu perseguição política nesse episódio de
fundação da tal Rede Sustentabilidade, ou que começou tarde demais para
conseguir organizar, angariar apoios e viabilizar o registro do
“partido”. Balela! Tudo foi feito exatamente com esse propósito, o de
não dar certo. Ela não queria nem quer fundar partido nenhum. Quer mesmo
é jogar conforme mandam seus atuais mentores e marqueteiros. Na
verdade, seus donos. Ela deve saber que esses seus senhores até poderiam
permitir que ela chegasse ao trono, mas com o propósito de fazer como
fizeram com Collor de Mello, golpear, caso não atendesse as exigência do
“consumidor”, ou seja, de quem bancasse sua eleição ao Planalto. Marina
sabe que é usada como possível instrumento que possa interromper a
ascensão das forças progressistas em nosso país.
Tem
gente estúpida (pretensos esquerdistas ou progressistas) dizendo que
Marina não é diferente de político nenhum. Mas, ao afirmar isso, que ela
é “igual a qualquer político”, o sujeito pega apenas Lula como exemplo.
Quer dizer, no momento em que ele diz “qualquer político”, o leitor
imagina os degradados, os desmascarados, ou a classe política como uma
categoria desclassificada. Porém, quando cita Lula como exemplo na
comparação de Marina com politiqueiros, quer apenas dizer que Lula é um
canalha como outro qualquer. O indivíduo sabe que Marina será, a partir
daí, colocada em escanteio, e o verdadeiro alvo de sua crítica passa a
ser Lula. E tome falação.
Lula
e Dilma não são perfeitos, como ninguém o é, mas são os atuais ícones
da competência político-administrativa, espelho para o Brasil e para o
mundo. Moderados, sim, reformadores com características de
revolucionários. Isso é tudo de que precisamos para a transição gradual
de longos períodos de governos subservientes para as verdadeiras
conquistas no âmbito da justiça social. Dizer que Marina é igual a
qualquer político e não apontar exemplos de políticos canalhas, apenas
generalizar os políticos como canalhas e, em seguida, nominar apenas
Lula como um igual a Marina, fazendo assim com que Lula, o verdadeiro
alvo do idiota, seja, por tabela, equiparado aos cretinos, isso é de uma
sutileza tal que nem todo capacho da direita é capaz de ser tão
ardiloso.
Em
relação aos verdadeiros canalhas corruptos, os sujeitos não apontam as
similitudes de Marina com eles. E, por não poderem equiparar Marina a
Lula diretamente, apenas comparam e até apontam “certas diferenças”. Mas
as diferenças de que eles falam são apenas de ordem estratégica, no
campo das ideias e propostas, que podem ser tomadas como populismo, ou,
pior, demagogia de ambos.
Eles
não falam do ser humano em si, das intenções nobres, da moral praticada
e da ética adotada, das diretrizes estabelecidas, da esperança
alimentada em bases realistas; nada disso, basta escrever umas
baboseiras ao alcance dos seus pares leitores, seu público cativo,
pessoas que deles esperam apenas a confirmação do que já imaginam e
desejam, pessoas que esperam apenas massagens no ego, gente que tem
“medo do novo”. Ora, ninguém tem medo “do novo”, isso é balela. A gente
tem “medo” ou receio do velho com cara de novo, do recauchutado vendido
como último modelo. Até apreciamos maquiagens, achamos bonita a mulher
maquiada, turbinada, mas nos deslumbramos mesmo é quando vemos uma
cabocla extremamente bonita ao natural. E isso Marina deixou de ser há
muito tempo. Ela não soube amadurecer politicamente, deixou-se enganar e
agora quer ser uma enganadora, o oprimido que quer ser opressor. Mas os
mestres em enganação, maquiavélicos autênticos, se divertem com ela,
que trocou a sabedoria pela esperteza e perdeu a noção da própria
esperteza, de tal forma que não se lembra que “malandro demais se
atrapalha”. Marina e tantos outros que se deixaram levar pela mídia
empresarial, em que tudo não passa de produto a ser consumido, terá
sempre momentos de falso brilho, seguidos de longos períodos trevosos,
sobrevivendo à base de antidepressivos; “naturais”, claro!
Rede Sustentabilidade - um partido político ou uma ONG politiqueira?
No
plano político-partidário, podemos sim admitir que Marina Silva prefira
que seu “partido” seja assimilado pelo eleitorado como sendo uma ONG.
Isso por um motivo fundamental: porque, em nosso País, o exercício das
atividades essencialmente políticas vem sendo deliberadamente
desmoralizado por políticos que estão há muito tempo desacreditados,
desmascarados, gente que, quando já não consegue sustentar a canastrona
representação do papel de vestal, tenta fazer a população enxergar
qualquer político como um político qualquer, e uma instituição como o
Congresso Nacional passa a ser vista como o “antro” em que todos os
políticos estariam comungando com as mesmas más intenções e credos
profanos. Até “confraternizando-se” pela absolvição de corruptos. Apesar
de ainda sustentarem a farsa de que são “menos piores”, querem que
acreditemos que “todos são igualmente canalhas” e até vão além disso:
tentam fazer os infelizes eleitores crerem que a canalhice é um
instrumento “natural”, do tipo “os fins justificam os meios”.
Também,
apesar de Marina Silva ter saído de um dos raros partidos políticos
brasileiros que podem ser classificados como agremiação essencialmente
político-partidária, o Partido dos Trabalhadores, este é apresentado
insistentemente pela mídia como o partido dos “mensaleiros”. Quer dizer,
para onde ela for, estará se unindo a gente supostamente “idônea”.
Desde
que deixou o PT, Marina está sendo usada para tirar votos dos
progressistas, dos petistas, lulistas-dilmistas e
aliados. Aproveitam-se do seu rancor, alimentam suas mágoas e sua
inveja. Invertem o sentido de ingratidão: ingratos seriam os petistas,
que não teriam reconhecido a contribuição dela para com o PT, dizem ser
uma contribuição ainda mais importante do que a dos fundadores do
partido. Assim, ela é quem se passa por vítima, quando as verdadeiras
vítimas são aqueles que acreditaram nela, que votaram nela, que a
elegeram da vereança ao senado, por ela ter-se engajado às propostas e
programas do PT. Marina se vale de determinadas atitudes governamentais,
projetos que necessitam de empenho político-administrativos e que não
puderam ser implementados ou que o foram contrariando alguma proposta
inicial da agremiação. Ela sabe as razões de essas coisas terem
acontecido dessa maneira, ela sabe das dificuldades que é governar uma
nação de múltiplas nações, mas o despeito, a inveja, o rancor, o ódio
mesmo, por ela não ter sido atendida no seu projeto pessoal (ser
candidata à Presidência da República pelo PT) turvam e dissimilam sua
consciência. E Marina ainda é capaz de dizer que luta contra as forças
demoníacas. Não percebe, ou finge não perceber, que está a serviço
delas.
Certamente,
e principalmente depois da internet, não dá mais para vender um Collor
de saias, um caçador de corruptos endinheirados. Agora é preciso fazer
de Marina uma impoluta defensora dos direitos humanos, via ambientalismo
ongueiro, socialismo liberal, moral seletiva sob a regência Divina,
eterno futurismo; linguajar culto, mas facilmente compreendido por
semialfabetizados, de forma que possa facilitar a “trabalho sujo” dos
fazedores de opinião, e estes possam fazer a cabeça das madames, das
suas crias mimadas, de jovens alienados e dos capitães-do-mato, que, por
sua vez, sem o poder de fogo de sindicalistas, tentarão influenciar
porteiros, empregadas domésticas, encanadores, faxineiros, eletricistas,
pipoqueiros, seguranças, vigias, jornaleiros, balconistas, caixas de
supermercado, ambulantes, vendedores, garçons, cartomantes, passadores
do jogo do bicho e tantos outros trabalhadores autônomos de baixa renda.
Enfim, é preciso que se ponha em prática um pragmatismo o mais
abrangente possível. Pra isso basta uma Marina Arrelique, não
propriamente uma panaceia, uma salvadora da pátria, mas tão somente um
arrelique, mesmo assim um arrelique eleitoral, um purgantezinho que
provoque catarse na parcela idiotizada da classe média, que não é uma
fatia insignificante, é bastante considerável, já foi utilizada muitas
vezes com sucesso. É gente que “vive o momento”, para quem o futuro é
construído com uns minguados caraminguás na caderneta de poupança,
pessoas apegadas a ninharias, mas sonhando com uma tal mobilidade social
que venha a lhe garantir acesso à ostentação, ao fausto. É gente
individualista, egoísta, invejosa, despeitada, idiossincraticamente
instável, medrosa com ares de valentia. São indivíduos confusos, de
mentalidade caótica, desconexa; sujeitos complexados, complexos
oscilantes (ora de superioridade, ora de inferioridade). Não são
propriamente dicotômicos, pois nunca enxergam sequer as interfaces das
realidades, menos ainda as nuances; são, em geral, maniqueístas: Deus é
Deus e Nicuri é o diabo!
Saltar
de galho em galho, como as raposas, os ratos e as serpentes
politiqueiras fazem há muitos anos, mudando de partido como quem troca
de cueca, isso Marina não queria, ou, pelo menos, não quer que a encarem
como uma desesperada que se agarra a qualquer boia salva-vidas que lhe
jogarem; pois, em relativamente curto espaço de tempo, ela apanhou o
suficiente para entender que essa prática só “beneficia” a ralé
periférica das instituições políticas, o “baixo clero”. E Marina, uma
galinha que já experimentou voos de águia (de vereadora em Rio Branco a
senadora da República e ministra cortejada por entidades de todo o
mundo, teve até mesmo um bom desempenho eleitoral para presidente da
República), hoje não passa de uma “urubua” metida a condor, ou, na
verdade, uma condottiere, uma aventureira de meia tigela, que
torce para que toda a imbecilidade que vem fazendo dê certo. Marina quer
fazer barba, cabelo e bigode, mas, pelo andar da carruagem, vai fazer
apenas os pentelhos da classe média se ouriçarem um pouco mais. Marina
está destinada a ser a meia-bomba de eleitores incautos e dos
assumidamente imbecilizados.
Depois
da farsa espetacular que foi o registro da tal Rede Sustentabilidade,
acaba de se filiar ao PSB, na facção de Eduardo Campos.
Marina
não quer ser um Collor de saias nem uma Heloísa Helena domada. Eduardo
Campos não quer ser um Roberto Freire cão de guarda nem um Collor
recauchutado, fotocópia da fotocópia mal tirada. Mas uma coisa é não
querer ser, outra e ser sem querer querendo.
Marina
Silva e Eduardo Campos juntos a partir de agora representam um pacto da
Mulher Gato com Batman, a fim de derrotarem a Mulher Maravilha. O
Coringa nunca se divertiu tanto.
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Meu nome é Maria Osmarina Marina Silva Vaz de Lima. Me diga mesmo: num parece nome de quem nasceu em berço de ouro?! Pois é, mas num foi, não! Eu nasci numa colocação chamada Breu Velho, no seringal Bagaço, lá no Acre. Hoje eu tenho orgulho de dizer que nasci e me criei junto a essa minha gente sofrida. Mas nem sempre foi assim, nem sempre tive esse orgulho todo... Quando eu tinha 15 anos, vivia triste, acabrunhada. Ainda nem sabia ler. As revistas que chegavam por lá eram algumas fotonovelas, como Capricho, Destino e outras bem antigas, que o homem do barracão comprava os fardos em Rio Branco e usava para embrulhar mercadoria. Antes ele emprestava pra gente. Eu apreciava as fotos e sempre aparecia alguém para ler a novela. Cheguei a pensar em ser freira. Seria melhor viver num convento do que naquele fim de mundo. Foi então que adoeci. Todo mundo pensou que fosse malária, mas num era, não! Era hepatite. Aí me levaram para a capital. Lá em Rio Branco, o bispo se compadeceu de mim e me acolheu na casa das irmãs Servas de Maria. Entrei pro Mobral e aprendi a ler e escrever. Num gosto nem de dizer que fui beneficiada pelo programa de alfabetização da ditadura militar, mas... fazer o quê?! Infelizmente essa é a verdade. Mas eu posso dizer que fui vítima da ditadura, basta ver a vida que eu levava naquele tempo! Fui levada à atividade política e social pela Igreja Católica, mas descobri que no movimento evangélico-protestante eu teria mais chances de me projetar. Basta ver que os neopentecostais cresceram muito, as bancadas deles nas assembleias legislativas e no Congresso são muito fortes. Bom, mas com a ajuda da Igreja Católica eu aprendi a ler, escrever e acabei me formando. Na minha página da Wikipédia o pessoal resolveu deixar apenas minhas relações com a Igreja Católica, nada de evangélicos, pois isso é coisa de minha vida privada, e ninguém tem nada com isso. Ah, o pessoal também omite o nome do PT quando fala de minhas eleições; deixa apenas a sigla PT quando se refere à eleição que perdi. Mas isso é coisa desses meninos metidos a marqueteiros. Bom, de qualquer forma, isso está sendo esclarecido aqui na Wikiphedia. |
Carlos Augusto de Araujo Dória, 82 anos, economista, nacionalista, socialista, lulista, budista, gaitista, blogueiro, espírita, membro da Igreja Messiânica, tricolor, anistiado político, ex-empregado da Petrobras. Um defensor da justiça social, da preservação do meio ambiente, da Petrobras e das causas nacionalistas.
segunda-feira, 7 de outubro de 2013
POLÍTICA - A insustentável farsa da rede de Marina ongueira.
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