Eduardo Guimarães.
O ano de 2008 vai terminando para o Brasil de uma forma que não me lembro de ter visto igual em meus 49 bem vividos anos. Este foi um ano de êxitos para o país como nunca vi desde que me conheço por gente. Já faz alguns anos, aliás, que vimos logrando feitos inéditos em nossa história. Mas foi em 2008, porém, que tais êxitos se consolidaram e que o nosso país passou a despontar no mundo como uma potência de fato e de direito, tanto econômica, quanto cultural e tecnologicamente.
No campo social, reduzimos a pobreza, tornamo-nos um país de classe média (fato amparado por estatísticas múltiplas e pelo mesmo critério de classificação como classe média vigente há muito tempo), diminuímos a concentração de renda, colocamos negros no ensino superior como jamais aconteceu num país em que eles já são maioria da população, enfim, nos últimos anos viemos logrando avanços das classes mais baixas – e, agora, até das mais altas – tão inéditos quanto inegáveis.
Economicamente, enquanto o mundo vinha mergulhando em uma recessão que, depois de mais de um ano de crise, já desponta no noticiário internacional, o Brasil veio crescendo a taxas continuadas de uma forma inédita ao menos nos últimos quase trinta anos, e com a única taxa de inflação entre os países com metas inflacionárias que não extrapolou a sua meta em 2008. Com isso, conseguimos reconhecimento da comunidade financeira internacional e hoje, em meio ao caos em todo o mundo, este país é visto como uma ilha de prosperidade e de promessas.
Vocês escutarão e lerão afirmações pessimistas, derrotistas, amparadas em nada mais do que previsões sem base em fatos concretos. Até aqui, o que se ouve ou lê de qualquer um que se dedique a analisar sem viés político a situação das economias dos países é que o Brasil tem talvez a melhor situação do mundo no âmbito da crise financeira internacional.
É verdade que não se encontra facilmente essas boas notícias sobre o país se não se integrar o grupo ainda restrito de cidadãos que se aprofunda realmente nos assuntos de forma a garimpar fatos fundamentados sobre eles, mas a população, em seu conjunto, percebe , em grande parte – acredito que em parte majoritária –, a verdade sobre o Brasil de hoje, suas conquistas, seus avanços e seu destino cada vez mais brilhante.
Mas como se reverteram as expectativas da nação e sua imagem diante do mundo em tão poucos anos? Até o começo da década, éramos um país fragilizado por crises sucessivas, estagnado, com a violência e a criminalidade explodindo, com massas de desempregados perambulando pelas metrópoles, sem credibilidade alguma diante do mundo, e hoje, poucos anos depois, tornamo-nos o que nos tornamos e sentimo-nos como nos sentimos...
Tudo isso de fantástico que conseguimos não se deveu ao governo do Brasil, como alguns poderão pensar que insinuo, e sim aos brasileiros, que deram um basta às tentativas de suas classes dirigentes – as mais ricas e brancas – de nos dizerem em quem deveríamos ou não votar, e escolhemos para governar o país exatamente aquele que o topo da pirâmide social dizia que não deveríamos eleger.
Com o país indo tão bem (apesar da vontade dos mais ricos e brancos), ficou provado que certas decisões não podem ser delegadas a poucos, mesmo que tenham meios de comunicação que lhes permitam falar mais alto e reduzirem a voz dos que deles discordam, até porque a tecnologia diminui-lhes o poder exclusivo de propagar idéias.
Mas, agora, vocês estão diante, novamente, de previsões sombrias daqueles mesmos que sempre lhes disseram para votar neste e não naquele, que deveriam agir assim ou assado, e que são aqueles que você contrariou num passado recente, o que acabou sendo a sorte do Brasil, pois, se tivéssemos acreditado naqueles que nos mantinham dependentes dos Estados Unidos, agora estaríamos ferrados. Hoje, graças a Deus, o Brasil tem menos negócios com os americanos do que com os argentinos.
Essas previsões sombrias dos que torcem contra o país que estamos nos tornando não deverão se consolidar, mas vocês têm que fazer vossa parte para que seja assim. Não importa se vocês gostam ou não do Lula. Não serão estúpidos de ajudar o país a ir mal só para dizerem que o Lula é mau governante. De que adianta o Serra ser eleito em 2010 se tiverem perdido empregos ou tudo mais que todos podem perder com o país indo mal?
É hora de acreditar no país. É hora, não de gastar irresponsavelmente, mas de continuar agindo como vocês vinham agindo, pois certamente não estavam sendo irresponsáveis ao consumirem os produtos e serviços que vinham consumindo. E como o país precisa de atividade econômica num mundo que mergulha em recessão, se continuarem levando vossas vidas normalmente, com certeza a situação do país continuará boa.
Porém, vocês só poderão fazer o que é preciso se acreditarem no Brasil. Se acharem que estamos mesmo prestes a dar um salto de qualidade com nossa economia diversificada e vigorosa, com nossas indústrias de ponta, com nossas novas e incomensuráveis reservas de petróleo – uma riqueza que, por mais que falem do preço cadente neste momento, está acabando no mundo inteiro e nós temos reservas de sobra, agora se sabe –, e ainda, como se fosse pouco, com nossa população estudando e se aprimorando intelectualmente, mais e mais.
Acreditemos em nosso país. Temos que defendê-lo dos que não se importam em prejudicá-lo por míseras questões políticas, na intenção de enriquecerem mais do que já enriqueceram no passado e recuperando eventuais prejuízos que possam ter com a sabotagem que estão praticando assim que seus prepostos políticos puserem as mãos nos cofres públicos federais... de novo. Não deixem. Não entreguem o país, não hipotequem o futuro de vossos filhos e netos. Não permitam que interrompam a ascensão espetacular que o Brasil vem tendo.
E um último detalhe: se acreditam mesmo no Brasil, passem este texto para frente. Não só pela internet. Imprimam e distribuam cópias por aí. Seus filhos e netos agradecerão, um dia.
Fonte:Blog Cidadania.com - UOL Blog.
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