Vários países europeus analisam receber aos prisioneiros do campo de concentração da base ilegal americana de Guantânamo, no sudeste de Cuba, como um gesto de boa vontade com o presidente eleito Barack Obama, revelou nesta terça-feira (23) o jornal The Washington Post.
Segundo o jornal, essa política é uma mudança desses governos que se negaram a receber detidos dessa instalação sob a atual administração de George W. Bush.
"Bush provocou esse problema, agora Obama tenta resolvê-lo, comentou Karsten Voigt", do ministério de Relações Externas da Alemanha.
O jornal assinala que ao menos seis países europeus estudam a questão, ainda que só Alemanha e Portugal o tenham reconhecido publicamente.
Citados pelo jornal, representantes desses países assinalaram que o próximo presidente americano se negou a discutir o tema até que assuma o governo, em 20 de janeiro próximo.
Durante sua campanha eleitoral e depois de ser eleito, Obama em reiteradas ocasiões prometeu fechar o campo de concentração de Guantânamo, na base ilegal ocupada contra a vontade do governo e do povo cubanos.
De acordo com o Post, o chanceler português, Luis Amado, impulsionou o tema, que era tratado em discussões privadas, ao lhes enviar uma carta aos seus colegas da União Européia (UE).
Amado agregou que a questão será discutida pelo bloco na reunião de chanceleres do próximo mês.
A prisão de Guantânamo foi duramente questionada tanto nos Estados Unidos como no resto do mundo, depois das revelações sobre torturas aos detentos ali.
Washington nega-se a considerar os presos do campo de concentração como prisioneiros de guerra e os qualifica de combatentes inimigos, e portanto fora da jurisdição dos tribunais civis.
Agência Prensa Latina/Site O Vermelho.
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