sábado, 27 de dezembro de 2008

ATAQUE À FAIXA DE GAZA -APELO À MOBILIZAÇÃO INTERNACIONAL.

As últimas informações das agências de notícias internacionais já falam em mais de 250 mortos.O bloqueio imposto por Israel à faixa de Gaza, onde vivem quase dois milhões de palestinos, é uma das coisas mais revoltantes do momento atual da humanidade.
Carlos Dória

O Partido Comunista de Israel (PCI) e o Hadash (a Frente Democrática para a Paz e a Igualdade) condenam o ataque mortífero de hoje [27/Dezembro] da Força Aérea Israelense à Faixa de Gaza, o qual resultou na matança de mais de 150 palestinos. O PCI apela aos partidos comunistas e de trabalhadores e aos movimentos sociais de todo o mundo para se mobilizarem contra estes crimes de guerra israelenses e exigirem que a comunidade internacional imponha sanções contra Israel e processem Tzipi Livni, Ehud Barak e outros da liderança política e militar israelense por estes brutais crimes de guerra, cometido como parte do processo eleitoral de Israel.

O ataque militar de hoje é parte do cerco em curso da Faixa de Gaza. Israel está a explorar os últimos momentos da administração Bush para implementar a política mortífera mas inútil de utilizar a força militar para efectuar mudança política. Manifestações contra o assalto israelense à Faixa de Gaza estão planeadas nas principais cidades israelenses e serão efectuadas hoje à noite em Tel Aviv, Haifa e Nazaré. Ontem (sexta-feira), centenas de manifestantes compareceram a um comício no centro de Tel Aviv para protestar contra a esperada operações militar israelense contra ataques de foguetes palestinos a partir de Gaza. O comício foi organizado pela Coligação contra o Sítio de Gaz e o Hadash.

"Sugiro irmos noutra direcção", disse Dov Khenin , membro do Hadash no Knesset e da direcção do Partido Comunista de Israel. "O nosso poder é a nossa tragédia. Uma pancada forte não trará o fim. Eles responderão com foguetes e finalmente embarcaremos numa guerra geral. Ir noutra direcção significa reforçar a calma, assegurar o cessa fogo e levantar o sítio que só serve para unir a população em torno do Hamas".

"Um processo de paz genuíno será iniciado num face a face com a Autoridade Palestina", afirmou. "O trágico aqui é isto é possível. Só é preciso querer".

Khenin acrescentou que é "essencial assegurar uma troca de prisioneiros que incluiria Gilad Shalit". Quando perguntado porque poucos israelenses objectam à guerra em Gaza, disse: "As pessoas perderam a esperança. Elas percebem que o que está a acontecer é mau, mas pensam que não há outra opção. Mas não estamos destinados a sermos vítimas da história". Outro participante no comício, Tamar Gozansky, disse: "Dois anos atrás protestámos neste mesmo lugar, antes da Segunda Guerra do Líbano. Fomos proscritos e apresentados como traidores. Mas vários meses mais tarde, todas as pessoas que fizeram troça de nós carregaram os seus próprios cartazes para a Praça Rabin e protestaram contra a política de Olmert. Espero realmente que não tenhamos razão para dizer 'Nós lhe dissemos' ". Em declaração anterior, Khenin disse: "Uma guerra abrangente em Gaza é perigoso e desnecessário e colocará em risco as vidas de milhares de habitantes de Gaza e de residentes no Negev ocidental". "A guerra não é a solução para problema dos foguetes Kassam", continuou. "Há outro caminho: um acordo real de trégua. Não apenas um cessar fogo, mas também acabar com o bloqueio de Gaza e aliviar o extremo sofrimento de um milhão e meio de pessoas".

Liderança do PCI encontra-se em Ramalá com representantes da esquerda palestina

Membros da liderança do PCI encontraram-se em Ramalá com representantes de facções da esquerda palestina, incluindo a Frente Democrática para Libertação da Palestina, a Frente Popular para a Libertação da Palestina e o Partido do Povo Palestino. Militantes dos quatro partidos encontraram-se na quinta-feira (25 de Dezembro de 2008) em Ramalá para coordenar passos futuros e considerar meios para fortalecer a cooperação entre si. O PCI foi representado na reunião pelo secretário-geral, Mohammed Nafa'h, e o presidente do Hadash, M. M. Mohammed Barkeh. Esta é a primeira vez em que ocorre uma reunião com o comparecimento de todos os quatro partido. "A arena palestina está hoje na necessidade desesperada de um diálogo de unidade progressista e de esquerda", disse Barakeh.
Ver também: http://www.uruknet.de/?s1=1&p=49933&s2=27

O original encontra-se em http://mrzine.monthlyreview.org/cpi271208.html

Este apelo encontra-se em http://resistir.info/ .

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