O presidente da Bolívia, Evo Morales, disse nesta terça-feira (30) que a expulsão do embaixador americano do país, Philip Goldberg, permitiu desmantelar uma conspiração contra seu governo.
Goldberg foi declarado persona non-grata por Morales em setembro, acusado de fomentar os violentos protestos realizados em departamentos (estados) no leste do país, governados pela oposição. Naquela ocasião, mais de 15 camponeses foram assassinados no departamento de Pando.
"Depois de suportar esta arremetida da direita, do império, eu não hesitei no momento de decidir que o embaixador dos Estados Unidos devia ir embora", disse Morales, que fez hoje um balanço de sua gestão em 2008. O presidente reiterou que Goldberg "dirigia uma conspiração contra a democracia e, portanto, contra o governo".
Depois de expulsar o embaixador, Morales anunciou ainda a suspensão das atividades da agência americana antidrogas (DEA), que teve seu escritório fechado no país.
Em retaliação, o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, expulsou o embaixador boliviano de Washington, Gustavo Guzmán, colocou a Bolívia na lista de países que "não combatem o narcotráfico de maneira satisfatória" e não renovou a Lei de Preferências Tarifárias Andinas e Erradicação de Drogas (ATPDEA), por meio da qual a Bolívia podia exportar produtos têxteis e manufaturados ao mercado americano livre de tarifas.
Morales qualificou a decisão tomada por Washington como "vingança política" e já disse, em outras ocasiões, esperar que o presidente eleito dos Estados Unidos, Barack Obama, que assume no dia 20 de janeiro, reveja a suspensão das vantagens tarifárias.
Sobre as perspectivas para 2009, Morales destacou o referendo de aprovação da nova Constituição do país, marcado para 25 de janeiro. "Temos para o próximo ano muitas responsabilidades de caráter democrático", disse ele, que também deu ênfase "à necessidade de dar segurança à população e lutar contra o narcotráfico e a corrupção".
Fonte:Site O Vermelho.
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