Por Aseel Kami
BAGDÁ (Reuters) - O Iraque pediu a médicos, professores, cientistas e outros profissionais qualificados que estejam no exílio que voltem ao país agora que a segurança melhorou, mas na terça-feira poucos desses exilados disseram estar dispostos a regressar.
Numa conferência de dois dias destinada a atrair milhares de profissionais qualificados de volta ao país, após anos de guerra, sanções e violência sectária, o primeiro-ministro Nuri Al Maliki pediu à elite na diáspora que ajude a reconstruir o Iraque.
"Dizemos francamente que o país não pode ser construído sem vocês", afirmou ele num discurso de abertura da conferência, na segunda- feira. "Não podemos assumir plenamente a responsabilidade na sua ausência, e com a ausência das capacidades e qualificações que temos", afirmou.
Levas de médicos, engenheiros, advogados e conferencistas fugiram do Iraque depois da invasão norte-americana de 2003. Outros já haviam emigrado durante as sanções da ONU contra o regime de Saddam Hussein.
Embora a violência tenha diminuído sensivelmente neste ano, muitos dos 200 profissionais presentes na terça-feira à conferência tinham restrições sobre voltar a um país onde ainda há casos diários de civis sendo mortos por atentados e tiroteios.
"Eu iria devagar e pensaria cem vezes antes de voltar", disse Ahmed Mousa, professor de Estudos do Desenvolvimento, radicado na Noruega.
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