domingo, 29 de março de 2009

MEIO AMBIENTE - Brasil é o quarto emissor mundial de gases do efeito estufa.

Por Redação, com ABr - do Rio de Janeiro

A Hora do Planeta, o manifesto que aconteceu no sábado em 84 países do mundo, como alerta para os efeitos das mudanças climáticas, tem um significado especial para o Brasil, por deter as maiores áreas ainda preservadas de florestas tropicais do planeta, mas que aparece como o quarto maior emissor de carbono - o principal gás do efeito estufa.

A avaliação é da superintendente de Desenvolvimento Organizacional da organização não-governamental WWF, Regina Cavini, uma das organizadoras do evento, que incentivou o apagar de luzes, entre as 20h30 e as 21h30, de casas, prédios públicos e monumentos em todo o país.

– O Brasil é o quarto emissor de gases de efeito estufa no mundo e a principal causa da emissão no país é o desflorestamento e as queimadas na região Amazônica – afirmou Regina.

Segundo ela, ao contrário de outros países, o Brasil não tem sua matriz energética baseada em combustíveis fósseis, mas tem a queimada na Amazônia contribuindo para lançar toneladas de carbono na atmosfera.

A integrante do WWF disse que existem avanços na política brasileira para o meio ambiente, mas também previu enormes desafios nos próximos anos.

– O WWF vê que o governo brasileiro tem feito um esforço grande para controlar o desmatamento na Amazônia, mas isso não pode ser só um esforço do governo, tem o papel das empresas também e de toda a sociedade, de estarem contribuindo para esse resultado –enfatizou.

A ambientalista reconheceu que eventos como a Hora do Planeta são insuficientes para levar a mudanças concretas, mas destacou que o movimento carrega um simbolismo importante para as populações de todas as partes do mundo.

– A Hora do Planeta é insuficiente, não vai dar conta do problema, mas é uma forma das pessoas mostrarem para os governos que a questão ambiental do aquecimento global é muito importante – definiu.

Segundo ela, a verdadeira mudança só vai ocorrer a partir de cada indivíduo.

– Temos que ser mais eficiente energeticamente, durante as escolhas de compra, optando por eletrodomésticos que utilizem menos energia e nos hábitos pessoais, usando menos água e separando o lixo. São pequenas coisas que a gente pode ir mudando e que, no final, se todos fizerem, representam um grande resultado – disse.
Fonte:Jornal Correio do Brasil.

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