Esse FHC é um brincalhão. É pena que o Lula ao assumir o governo, não tenha revelado ao nosso país a herança maldita que estava recebendo. "Passou uma borracha" no passado e agora é obrigado a ouvir essas baboseiras desse "vendilhão da pátria"
Carlos Dória
Mauro Santayana
Em 1991, no Encontro de Bilderberg, em Baden, David Rockefeller, neto do fundador da Standard Oil, tratou da grande conspiração imperial em marcha. De acordo com o site American truth, o importante banqueiro agradeceu às maiores publicações norte-americanas, como o Washington Post, o New York Times e a Time, pelo fato de conhecerem o projeto, durante 40 anos (ou seja, desde 1951) e de não o terem revelado. Disse David que lhe seria impossível desenvolver o seu plano para o domínio do mundo, se ele fosse submetido às luzes da publicidade. "Mas agora (depois da queda do muro de Berlim) – completou – o mundo está mais preparado para marchar rumo a um governo mundial. The supranational sovereignty of an intellectual elite and world bankers is surely preferable to the national auto-determination practiced in past centuries".
Não houve, nem há, melhor definição da soberania que pretendiam impor a todos os povos: a aliança entre uma elite de intelectuais e de grandes banqueiros é preferível – de acordo com o último dos Rockefeller – à autodeterminação nacional praticada nos séculos passados. Essa ideia de governo mundial se associa a uma família que, mais do que qualquer outra, simboliza a construção do capitalismo baseado no petróleo e nas empresas multinacionais. David foi o primeiro e único Rockefeller banqueiro, ao assumir o Chase National, que, depois de chamar-se Chase Manhattan, está hoje associado ao JP Morgan.
Henry Ford disse ser melhor que o povo nada saiba sobre os bancos e o sistema monetário, porque, se ele souber, afirmou, "I believe there would be a revolution before tomorrow morning". Provavelmente seja dessa revolução que o mundo necessite. E esse é o nó górdio que o presidente Obama tem em suas mãos. Começando pela América, o mundo parece dividido, nestes dias, entre os banqueiros, que resistem e se rearticulam politicamente, e o povo, que incita os governos a irem adiante na estatização dos bancos. Os povos, em nossos dias, parecem mais aptos a descobrir o que significam os bancos e o sistema monetário. Daí o perigo, ou a esperança – depende do ângulo que se veja – da revolução prevista, há mais ou menos um século, pelo construtor de automóveis, before tomorrow morning. Naquele tempo, os produtores de bens tangíveis – era o caso de Ford – sentiam que os seus interesses não eram exatamente os dos banqueiros. Com o correr do tempo, no entanto, os banqueiros se assenhorearam do controle acionário dos grandes consórcios industriais, e já não existem homens como Ford, que os detestava e, enquanto vivo, jamais permitiu que suas ações fossem negociadas em bolsa.
Obama se encontra entre dois fogos, conforme ficou claro na entrevista coletiva de terça-feira. O sistema, passado o momento de choque, reage, e já ameaça. Por outro lado, Joseph Stiglitz, com a autoridade de que dispõe, diz claramente que a ajuda financeira aos bancos falidos, com a aquisição de seus ativos podres pelo governo, "é um roubo contra os contribuintes americanos".
O cinismo dos banqueiros é exemplar e Mayer Rotschild resume a ópera: "Dêem-me o controle do dinheiro de uma nação, e eu não preciso me preocupar com quem faz as leis". Os que examinam mais de perto a formação histórica da grande República sabem que o confronto entre a sociedade, representada pelos mais eminentes homens de Estado, e os banqueiros, vem desde o início dessa República. Contra eles houve advertências de Jefferson, Madison (os dois se opuseram à criação do Primeiro Banco dos Estados Unidos por Hamilton), Jackson (com seu famoso veto à renovação da patente do Segundo Banco), Lincoln, Wilson, Roosevelt e outros.
O Brasil foi sempre uma grande preocupação dos Rockefeller e do governo norte-americano. Nelson Rockefeller pretendia dominar a Amazônia, mediante a "evangelização" dos nativos. Washington, de acordo com Gerald K. Haines, da CIA (The americanization of Brazil) queria fazer de nosso país uma colônia dissimulada. No mesmo ano de 1991 – o do encontro de Baden – Collor iniciava o processo de submissão aos neoliberais, que Fernando Henrique completaria, de 1995 a 2003.
O ex-presidente quer voltar. Como disse anteontem em São Paulo, "Lula recebeu um país em condições melhores do que aquele entregue a mim por Itamar, e espero recebê-lo de volta em situação ainda melhor". Como se vê, nem Serra, nem Aécio: o candidato de Fernando Henrique é mesmo Fernando Henrique.
Fonte:JB
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