Sidney Rezende
A criação da CPI da Petrobras será um enorme erro. Uma empresa com influência multinacional e com investidores espalhados pelo mundo todo ficará à mercê de parlamentares que objetivam meramente atingir o coração do Governo. O jogo é para embaralhar 2010. Um absurdo.
Os oposicionistas dirão que absurdo é o Governo fazer uso político da empresa. De acordo. Realmente a interferência é um descalabro, fruto de uma prática que, lamentavelmente, se sustenta no tempo.
Certa vez alguém lembrou que o senador Roberto Campos era um fiel defensor da livre iniciativa e da diminuição do estado, mas que, curiosamente, tinha indicado apaniguados para a Petrobras e outras companhias públicas.
O político brasileiro não consegue separar o joio do trigo. Ele precisa "empregar", ter cargos em todo o canto, fazer rede de influência que o ajude na próxima reeleição. Esta praga que não consegue diferenciar o transitório do permanente destrói o país.
Esta CPI comandada por gente como o senador amargurado por sucessivas derrotas, Álvaro Dias (PSDB-PR,) e pelo PSDB, pode se transformar num tiro no pé.
A Petrobras e ANP não estão acima do bem e do mal. E precisam ser investigadas. Fiscalizadas. Auditadas. Existem mecanismos isentos para isso. Trazer para o parlamento através de uma CPI é um crime. E só reforça a velha frase do deputado Ulysses Guimarães: "Comissão Parlamentar de Inquérito se sabe como começa, mas não se sabe como termina". Eu sei: "esta aí vai terminar mal para o país".
Enquanto tiver CPI, o investidor sensato não vai botar um centavo lá. Ninguém é louco de rasgar dinheiro.
Fonte:Blog SRZD
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