EM 22 de abril passado, a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, fez umas declarações nas quais incluiu o tema do abatimento — numa decisão do governo cubano em defesa da soberania nacional — de dois aviões da organização terrorista Irmãos para o Resgate, em 1996. estas declarações foram feitas perante o Subcomitê de Apropriações, Operações no Estrangeiro e Programas relacionados da Câmara. Entre outras coisas, disse:
O advogado Leonard Weinglass
integra a equipe da Defesa dos
Cinco antiterroristas cubanos,
presos nos EUA.
"Eu lembro bem quando esses dois pequenos aviões, desarmados, que não estavam fazendo outra coisa que deixando cair folhas impressas, foram abatidos pelo regime de Castro".
Aqui estão as perguntas que o advogado Leonard Weinglass propõe para a Clinton em relação a seus comentários sobre o abatimento dos aviões de Irmãos para o Resgate.
O que fariam os EUA se os fatos fossem os seguintes?
1. O avião líder dos três aviões envolvidos (dois foram abatidos) foi pilotado por um homem que, previamente, tinha cometido atos de aleivosia e violência contra os EUA e tinha sido treinado por um governo estrangeiro e hostil e
2. esse mesmo piloto, segundo a inteligência dos EUA, tinha sido treinado recentemente deixando cair num campo, não folhas impressas, mas dispositivos feitos a mão para provar sua eficácia; e
3. que ele tinha declarado publicamente, dois dias antes, na rádio de seu país que o voo dos três aviões estava nesse dia "numa missão" para desestabilizar o governo dos Estados Unidos; e
4. que o avião que ele e os outros estavam voando tinha as mesmas características que um avião militar que foi usado durante a guerra do Vietnã para deixar cair bombas pequenas contra um país contrário, que foi remodelado depois, e que no momento era um avião excedente da armada que tinha sido usado recentemente para esse mesmo propósito, e
5. que justamente antes do abatimento o FAA dos EUA (a Administração da Aviação Geral) tinha falado com o piloto líder pela rádio e advertiu-lhe que estava entrando numa zona militarmente protegida e devia retroceder, mas a advertência foi desatendida já que o avião tinha continuado num curso que se dirigia à capital norte-americana; e
6. que os três aviões então voaram numa área designada de água aberta que os EUA tinham fechado devido a exercícios do exército e de acordo com as regras e regulações internacionais, advertindo a todos os aviões que não deviam entrar; e
7. que os três pilotos pertenciam a um grupo de antigos residentes dos EUA e que tinham chamado publicamente ao derrocamento pela força do governo dos Estados Unidos; e
8. que as folhas impressas que antes tinha deixado cair estes pilotos tinham instado os norte-americanos a revoltar-se contra seu governo; e
9. que depois de 25 voos de Washington feitos por este grupo de pilotos, nos 20 meses anteriores, todos os quais foram protestados pelos EUA ao país que lhes deu uma base e que antes de armar seu avião interceptor, Washington chamou a um funcionário militar de alta classificação jerárquica desse país e lhe advertiu que daí para frente protegeriam seu espaço aéreo militarmente se fosse preciso, e lhe instou a voltar a casa e animou às agências apropriadas para que parassem esses voos; e
10 os EUA simplesmente fizeram isso, mas apesar de todas as advertências os voos continuaram até que foram abatidos.
Sob quais circunstâncias estavam os EUA justificados para abater o avião?
Fonte:Granma
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