Correio do Brasil
Em uma análise ao atual processo de distribuição de notícias no mundo, o diário argentino La Nación publicou, em sua edição deste fim de semana, extensa matéria na qual aponta os desafios das empresas de comunicação, em particular as grandes editorias de jornais e revistas impressos, para se manterem vivas no mercado após o surgimento da internet.
"O panorama é inquietante: a média diária de exemplares vendidos nos EUA caiu de 62 milhões a 49 milhões desde que há 15 anos a Internet foi se tornando acessível a todos. Uns cem jornais pararam de imprimir em papel. No mesmo período o número de leitores de jornalismo digital nos EUA subiu de zero e 75 milhões. A fuga da publicidade, o sangue comercial do jornalismo em papel, reduziu os lucros de maneira drástica o que gerou grande quantidade de demitidos (uns 15 mil nos EUA em 2008), isso para não falar nas pré-aposentadorias", diz o jornal.
A matéria cita um ex-diretor de redação do Washington Post, hoje a cargo de investigar fórmulas digitais para reinventar o negócio do jornalismo. Ele destaca o grande paradoxo que atravessa a imprensa mundial:
– Vivemos uma época horrível para os jornais, mas uma idade de ouro para o jornalismo. Os sítios da Internet dos grandes jornais diários registram um enorme crescimento do numero de leitores – disse.
Para Juan Luis Cebrián, presidente do Grupo Prisa (dono do El País da Espanha), há importantes diferenças geográficas ligadas a maior ou menor penetração da Internet. Mas o que se observa na imprensa anglosaxã deve servir de aviso para o resto das sociedades avançadas. A seu juízo as duas plataformas vão coexistir no futuro, com suas particularidades.
– A tendência é supor que o jornal impresso vai mais e mais continuar sendo reservado a uns poucos – concluiu Cebrián.
Fonte:FNDC
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