Infelizmente tendo a concordar com isso.
A ONG Tortura Nunca Mais do Rio de Janeiro atacou ontem a comissão criada pelo Ministério da Defesa para buscar os restos mortais de guerrilheiros desaparecidos no Araguaia. Para os dirigentes, a operação é "mise-en-scène [encenação] para inglês ver", sem real interesse em localizar as ossadas.
A notícia é de Raphael Gomide e publicada pelo jornal Folha de S. Paulo, 16-07-2009.
"Foram eles que assassinaram os nossos parentes. Agora vão desmanchar as provas que ainda existem", afirmou Vitória Grabois, que perdeu na guerrilha o pai, Maurício Grabois, líder do movimento, o irmão, André, e o primeiro marido, Gilberto Olímpio Maria.
Para a ONG, a operação comandada pelo Exército só acontece por pressões internacionais, relativas a ação que chegou à Corte Interamericana de Direitos Humanos da OEA (Organização de Estados Americanos). "Estão botando a raposa para tomar conta do galinheiro", disse Elizabeth Silveira e Silva, da direção da ONG.
A presidente da entidade no Rio, Cecilia Coimbra, criticou o fato de que os moradores da região não serão ouvidos para ajudar na identificação de locais onde ossadas possam estar.
Para a ONG, o governo evita discutir a abertura dos arquivos em nome da "governabilidade". "Vemos a vitória do que há de mais conservador no governo. Tarso Genro [Justiça] e Paulo Vannuchi [Direitos Humanos] perderam politicamente para Nelson Jobim e as Forças Armadas", diz Cecília Coimbra.
O Exército afirma que quem comanda as buscas são civis e que sua função é apenas dar suporte logístico para técnicos.
Fonte:IHU
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