sexta-feira, 3 de julho de 2009

SADDAM HUSSEIN E O IRÃ.

Pedro Dória

Um dos grandes mistérios a respeito da Guerra do Iraque é por que Saddam Hussein não permitiu que os inspetores da ONU confirmassem que ele não tinha armas de destruição em massa. Se a informação fosse comprovada, o ditador ainda governaria o Iraque. Agora, suas entrevistas com George Piro, agente do FBI, foram tornadas públicas pelo Freedom of Information Act, FOIA, uma lei norte-americana freqüentemente usada por jornalistas e ongs e que obriga o governo a mais transparência.

É comum que informação previamente secreta seja liberada pelo FOIA, mas o governo não raro posterga, faz o que pode para segurar, para abrir apenas parcialmente. Se liberou agora, e como Saddam trata do Irã, parece ser jogo de pressão.

Afinal, essa é a explicação que o ditador dá: não queria que a ausência de armas de destruição em massa fossem tornadas públicas para não se expor ao Irã. Segundo Saddam, o governo dos aiatolás continuava a desenvolver seu armamento pesado. Temia um ataque. Ele considerava que todos os países do Oriente Médio eram incapazes de se defender contra um ataque iraniano.

Hussein disse também que considerava Osama bin Laden um fanático e a história de que tinha sósias para evitar tentativas de assassinato era ‘fantasia de cinema’. Seu método para evitar que o encontrassem era não falar ao telefone e nunca dormir uma noite no mesmo lugar que a outra.

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