Do blog "Tijolaço" do Brizola Neto.
Inacreditável e certamente fadada a provocar nova crise internacional a decisão do chefe do governo golpista de Honduras de dar um “golpe” no acordo firmado há pouco mais de dez dias com o emissário americano Thomas Shannon. O acordo, divulgado para o mundo, previa a volta do presidente eleito Manoel Zelaya ao governo, continuidade dos processos judiciais que se movem contra ele e realização de eleições para presidente - tudo sob observação internacional. Segundo o cronograma do acordo Tegucigalpa-San José, firmado na sexta-feira passada sob mediação do Departamento de Estado norte-americano - um governo de unidade nacional deveria ser estabelecido até meia-noite de quinta-feira (horário local, 4h de sexta-feira em Brasília) sob vigilância de uma Comissão de Verificação, composta por dois representantes internacionais e dois locais.
Michelleti agora diz que não sai do Governo, que a decisão sobre a volta de Zelaya ao governo fica para não se sabe quando e que vai formar um governo de “unidade nacional”.
A Frente de Resistência Contra o Golpe em Honduras anunciou que caso o presidente deposto, Manuel Zelaya, não fosse restituído até a meia-noite desta quinta-feira (horário local, 4h de sexta-feira em Brasília), chamarão a população a não participar nas eleições do próximo dia 29 de novembro.
A Frente acusa a Organização de Estados Americanos (OEA) e o governo dos Estados Unidos de “cúmplices do golpe de Estado militar” e convocam a comunidade internacional a manter a posição de “não legitimar” do processo eleitoral . Brasil e a maioria dos países da América Latina afirmam que não reconhecerão o resultado das eleiçõe se Zelaya não for restituído.
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