quinta-feira, 5 de novembro de 2009

LULA, SEGUNDO MENDONÇA DE BARROS.

Copiado do "blog do Nassif".

Por Calbercan

Em entrevista à revista Viver, de Belo Horizonte, o tucano Luiz Carlos Mendonça de Barros rasga elogios ao governo Lula. E espeta FHC. Sobre sua ida ao Senado para responder sobre as acusações de ter beneficiado a Telemar, diz: “Eu tomei a decisão de ir ao Senado e aí inovei, porque ao invés de fugir, eu fui lá. Eu tive uma orientação do Fernando Henrique para viajar, sumir, mas eu quis enfrentar.”

Sobre a interferência do governo Lula em empresas privatizadas (outro ponto que FHC critica no seu famoso último artigo), diz: “Se é o custo que nós temos que pagar para o Lula manter a política macroeconômica, eu pago. Vamos nos preocupar com problemas gordos. Com alguns assuntos a gente não pode ser crircri e ficar questionando tudo”.

Sobre o pré-sal: “Se é partilha ou concessão, tem coisas boas e coisas ruins. Portanto não me preocupo muito”.

Diz mais: “Todo governo toma medidas que não precisavam ser tomadas, até para atender a base aliada”.

Sobre o PSDB: “Se você olhar bem o PSDB, ele é o partido da elite. A cara do PSDB é a cara da elite. Os tucanos têm medo de serem considerados populistas. ”

Sobre Lula: “Lula é populista e é a cara de 80% dos brasileiros. O Lula é o Brasil”.

Sobre o governo Lula:

“Numa sociedade de massa, pode-se dizer que 70% dos brasileiros são felizes gastando e consumindo, e a venda no varejo está crescendo 10, 12% ao ano”.

“Na economia moderna, o sujeito vota com o estômago e com o bolso. A vida desse pessoal melhorou muito”.

“Embora tenha usado o software pirata macroeconômico, ele introduziu as políticas sociais, como o aumento do Bolsa Família e principalmente o aumento real continuado do salário mínimo. Isso não fazia parte do software do Fernando Henrique. Lula tem o mérito de ter feito essa gambiarra (sic) social que funcionou muito bem de maneira que hoje o fruto do crescimento mexeu com 25 milhões de brasileiros que deram uma subida na escala social. Isso foi muito bom”.

Sobre os programas sociais do governo Lula: “Não tem volta atrás. O que o fez foi correr o risco de dar errado. Como deu certo, já está incorporado”.

Sobre o Serra: “O Serra tem uma posição difícil. Que discurso ele vai fazer? O PSDB dispersou”.

Ao contrário de FHC, ele não está vendo ameaças à ordem institucional no “lulismo”.
Comentário

Comparem o discurso do Luiz Carlos com o que este Blog vem dizendo há mais de três anos. Não apenas Mendonça de Barros, mas Luiz Carlos Bresser Pereira e outros que ajudaram a moldar o pensamento inicial do velho e extinto PSDB.

Só que, até algum tempo atrás, muitos recusavam-se a admitir esse quadro por medo do patrulhamento e dos ataques que sofreriam.

O grupo que cerca Serra, composto por bons quadros – como José Roberto Affonso e Luiz Carlos Vellozo Lucas – hoje em dia é desperdiçado com o radicalismo inútil e estéril do chefe.

Um comentário:

Anônimo disse...

Li a entrevista na Viver ( que, aliás, é de direita ).

Oportunista esse cara.

Percebeu que é ridículo não reconhecer méritos do Lula.

Mas disse o que há hoje de bom começou com FHC.

Não deixou de pedir a bênção ao seu tutor em momento algum na entrevista.

Tem dó.