Exército de Israel ordena derrubada de estádio em Ramala
O Exército israelense exigiu que os palestinos derrubem um estádio de futebol recém construído nas proximidades de Ramala, cidade palestina na Cisjordânia, a 15 quilômetros de Jerusalém, com o pretexto de que uma parte da instalação foi erguida em uma área ocupada sob controle "exclusivo" de Israel.
Financiado com fundos públicos alemães e franceses e com o patrocínio da Fifa, o estádio fica na localidade de Al-Bireh, próxima a Ramala, e deveria ser inaugurado no final do ano com um jogo entre uma equipe palestina e outra de algum país árabe.Segundo o jornal israelense Haaretz, a Administração Civil, organismo dependente do Ministério da Defesa que se encarrega dos assuntos civis em território palestino ocupado, exigiu dos construtores a derrubada do estádio em até sete dias.
A alegação israelense é que parte dos 11 mil metros quadrados ocupados pela nova instalação esportiva está sobre a chamada "zona C" estipulada pelos Acordos de Oslo, ou seja, território ocupado sob jurisdição de Israel, e, por isso, precisa de uma permissão especial de organismos israelenses.
No dia 11 de outubro, o Exército entregou a um dos empregados a ordem de demolição. No último dia 1º, enviou uma ordem igual à Prefeitura de Al-Bireh.
Segundo o Haaretz, a construção do estádio, com capacidade para oito mil pessoas e cujo objetivo é incentivar o esporte entre os palestinos, foi aprovada em 1981, mas o projeto só foi adiante em 2008, quando o presidente da Fifa, Joseph Blatter, e o primeiro-ministro palestino, Salam Fayyad, lançaram a pedra fundamental.
Em sua edição desta sexta-feira (20) o jornal adverte que o assunto pode causar uma polêmica internacional, já que Israel mudou os limites de jurisdição e até agora não entregou planos aos palestinos.
"É injusto e irracional que tenhamos que pedir permissão e esperar a licença israelense para construir em uma zona que, embora qualificada como 'C', está dentro dos limites municipais aprovados e reconhecidos", lamentou Samih Al-Abed, arquiteto municipal de Al-Bireh.
Para Abed, trata-se de uma decisão política destinada a pressionar os palestinos a retomar o processo de paz, estagnado desde o final de 2008.
"Esta é uma típica medida de pressão de Israel que significa: ou negociam, ou os punimos", acrescenta.
A ANP (Autoridade Nacional Palestina) se nega a retomar as negociações enquanto Israel não interromper a expansão de colônias na Cisjordânia e Jerusalém Oriental.
Com informações do Opera Mundi
Um comentário:
Deus que me perdoe, mas tem horas que eu acho que o Hittler tinha razão!
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