A estratégia de Maquiavel.
Havana, 24 jul (Prensa Latina) O líder da Revolução cubana, Fidel Castro, afirmou, em suas mais recentes reflexões publicadas hoje pelo jornal Granma, que não ten que dar explicações ao império, nem pedir desculpas ou perdão.
"O que falta são nervos de aço nestes tempos de genocídio, e Cuba os tem. O império sabe disso", destacou Fidel Castro em seu artigo "A estratégia de Maquiavel", especial para a publicação digital Cubadebate.
O líder revolucionário se refere às declarações publicadas na segunda-feira passada, 21 de julho, por Izvestia, a partir de hipóteses elaboradas na Rússia, relacionadas com a eventual instalação de bases para os bombardeiros estratégicos russos na Ilha.
"A notícia -explica- foi dada a partir de hipóteses elaboradas na Rússia, pela obstinação ianque com a idéia de instalar radares e plataformas de lançamento do escudo nuclear nas proximidades da fronteira dessa grande potência".
"Raúl fez muito bem em guardar silêncio digno", ressaltou.
A Prensa Latina transmite a seguir o texto na íntegra:
Reflexões do companheiro Fidel
A estratégia de Maquiavel
Cubadebate
Raúl fez muito bem em guardar silêncio digno sobre as declarações publicadas na segunda-feira passada, 21 de julho, por Izvestia, relacionadas com a eventual instalação de bases para os bombardeiros estratégicos russos em nosso país. A notícia foi dada a partir de hipóteses elaboradas na Rússia, pela obstinação ianque com a idéia de instalar radares e plataformas de lançamento do escudo nuclear nas proximidades da fronteira dessa grande potência.
Ontem, dia 22, o general Norton Schwartz, nomeado para ser o novo chefe do Estado Maior da Força Aérea Norte-americana, declarou no Senado que se a Rússia fizer isso estaria cruzando a linha vermelha, o que é inadmissível para a segurança dos Estados Unidos.
Se disseres que sim, te mato. Se disseres que não, tanto faz, de todas as formas te mato. É a estratégia de Maquiavel, que o império aplica a Cuba. Não temos que dar explicações, nem pedir desculpas ou perdão.
O que falta são nervos de aço nestes tempos de genocídio, e Cuba os tem. O império sabe disso. No sábado, 26 de julho, cumprir-se-ão 55 anos de luta sem descanso. Não existe melhor homenagem aos que caíram na ação, aos que morreram depois sem abandonar nunca seus princípios e aos que ainda combatem. São símbolos de toda uma geração que lutou. É muito justa a alegria com que nosso povo os recorda.
Fidel Castro Ruz
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