Preocupa na Colômbia possível guerra entre paramilitares
Bogotá, 29 jul (Prensa Latina) A morte de um importante ex-chefe das Autodefesas Unidas da Colômbia (AUC), por sicários, reavivou aqui as preocupações sobre a realização de uma guerra entre grupos paramilitares emergentes.
Antonio López, codinome Job, foi morto ontem a tiros num luxuoso restaurante da cidade de Medellín.
López foi um ativo porta-voz das ilegais AUC para impulsionar o processo de desmobilização dessas forças e era considerado líder político do Bloco Cacique Nutibara, dirigido por Diego Fernando Murillo, codinome Dom Berna, um dos mais conotados chefes paramilitares.
Não obstante, segundo informou o jornal El Tiempo, Job manteve um forte poder em Medellín entre os paramilitares que não se desmobilizaram.
A fonte assinalou que a morte de Job pode fazer parte da guerra entre novos grupos paramilitares e de narcotraficantes que disputam o controle dos jogos de azar, extorsões e rotas de narcotráfico.
Ontem foi informado que o governo despregará forças elites por todo o país para combater dezenas de grupos paramilitares que proliferaram depois da desmobilização das Autodefesas Unidas da Colômbia (AUC).
Esses grupos especiais estarão formados por membros do Exército, corpos de inteligência e da Promotoria.
A medida parece ser um reconhecimento tácito pelas autoridades do ressurgimento dos grupos paramilitares, pois até agora o executivo apenas havia insistido que essas forças ilegais haviam se desmobilizado.
O ressurgimento desses grupos, denunciado reiteradamente por organizações sociais e de direitos humanos, disparou os índices de violência em pelo menos sete estados do país.
Nos últimos dois anos as autoridades informaram haver desmantelado 17 de pelo menos 33 grupos que se formaram após a desmobilização das AUC.
Os estados de Chocó, Valle del Cauca, Cauca e Nariño, na costa do Pacífico, Córdoba e Antioquia, no norte, e Meta, no centro, são os territórios com maiores números de homicídios pelas disputas territoriais.
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