Criticam no Chile possível libertação de repressores
Santiago do Chile, 19 jul (Prensa Latina) Agrupamentos defensores dos direitos humanos no Chile questionaram ao comandante em chefe do Exército, general Oscar Izurieta, por defender a “presunção de inocência” de três oficiais acusados de seqüestro.
O chefe militar se referiu ao tema a raiz do processo de um coronel em serviço ativo e dois generais aposentados pela morte de cinco membros da Frente Patriótico Manuel Rodríguez (FPMR) em setembro de 1987.
O coronel Marco Antonio Bustos, chefe do Departamento de Planejamento da Divisão de Logística do Exército, foi processado e detido na quinta-feira, junto aos generais retirados Santiago Sinclair e Hugo Prado.
Bustos fez parte do Batalhão de Inteligência Militar, Sinclair foi vice-comandante em chefe e integrante da Junta Militar de Augusto Pinochet e Prado foi chefe da Direção de Inteligência Nacional do Exército (DINE).
Izurieta explicou que, “por política, eu sempre disse que não me pronuncio à respeito das decisões dos tribunais de justiça”, mas depois respondeu que “a submissão a processo não significa culpabilidade, tem direito a um julgamento justo”.
Segundo Izurieta, “um general que é submetido a processo, pela investidura que tem, vai apresentar imediatamente sua renúncia, mas tanto um cabo como um coronel são cidadãos, têm direito à presunção de inocência”. Perguntado sobre o coronel Bustos, sustentou que, ao menos enquanto não se dite uma sentença condenatória no processo, ele se manterá em seu cargo.
Os três apelaram mas não poderão sair em liberdade sob fiança até que a Corte de Apelações aprove, provavelmente na segunda-feira, essas petições.
Os três são processados por seqüestro qualificado de Julián Peña Maltés, Alejandro Pinochet Arenas, Manuel Sepúlveda Sánchez, Gonzalo Fuenzalida Navarrete e Julio Muñoz Otárola, membros do FPMR.
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