Graças a um acordo, as cópias digitalizadas de mais de 3 mil cartas e manuscritos que Ernest Hemingway escreveu em Cuba estarão disponíveis dentro de poucos meses para os pesquisadores na biblioteca John F. Kennedy em Boston (EUA). A imprensa americana publicou nesta quinta-feira (30) que as cópias dos documentos já se encontram na biblioteca que leva o nome do ex-presidente.
Segundo o jornal Worcester Telegram, os documentos foram examinados de maneira superficial. Espera-se que estejam à disposição dos pesquisadores até o final da primavera no hemisfério norte.
Devido à intercessão do congressista democrata James McGovern, Cuba e Estados Unidos acertaram, no ano de 2002, um plano para preservar milhares de fotografias, cartas e outros documentos do romancista americano que se encontram em Finca Vigia. Foi nesse local que, durante 21 anos, o escritor e jornalista americano instalou seu lar em Cuba.
A coleção inclui provas corrigidas de O Velho e o Mar, um roteiro de cinema baseado no romance e um final alternativo de Por quem os Sinos Dobram, além de milhares de cartas — incluindo correspondência dos escritores Sinclair Lewis e John Dos Passos e da atriz Ingrid Bergman.
Em declarações à imprensa, McGovern mostrou sua satisfação pelos documentos recebidos e disse que o acordo com Cuba foi uma cooperação histórica entre ambos os países. O congressista considerou que esta troca pode ser um passo rumo a uma relação mais racional e madura entre os dois países.
McGovern considera que Hemingway (1899-1961) pode ser a ponte que permita a ambos os países "ter uma relação boa e sólida". Em dezembro passado, fontes do Museu de Hemingway em Cuba disseram à Agência Efe que a partir de 5 de janeiro as cópias digitalizadas da coleção de Finca Vigia — que contém textos não-literários inéditos — estariam disponíveis aos interessados e pesquisadores.
Da Redação, com informações da EFE/Site O Vermelho.
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