(Prensa Latina) O Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) criticou hoje declarações do presidente estadunidense, Barack Obama, sobre o conflito palestino-israelense, porque provam que mantém a mesma política errônea de seus antecessores para o Oriente Médio.
Na primeira reação do grupo que controla a Faixa de Gaza, seu representante no Líbano, Osama Hamdan, se mostrou decepcionado pelas palavras do novo presidente durante a nomeação de seus enviados especiais para esta região e para Afeganistão.
“Parece que Obama trata de repetir os mesmos erros que George W. Bush cometeu, sem tomar em conta a experiência deste, que resultou na explosão da região em lugar de conseguir estabilidade e paz”, deplorou Hamdan em declarações ao canal catarense Al Jazeera.
Acrescentou que o presidente democrata “insiste que não terá mudanças” e “esse é um começo pouco exitoso".
"Se esta política (de Washington para o Oriente Médio) não se retifica, os próximos quatro anos serão um completo fracasso”, advertiu.
Depois de mostrar sua frustração, o dirigente islamista instou a Washington a modificar sua política mediante posturas mais equilibradas e dirigidas a solucionar o problema cardinal do Levante.
Obama acusou o Hamas de ter lançado durante anos foguetes contra o sul de Israel a partir da Faixa de Gaza e exigiu o fim dessa prática, sem considerar a política judia contra os países árabes e em particular contra o território costeiro.
A modo de compensação, o presidente fez um tênue pedido a Israel a retirar-se por completo de Gaza, mas evidenciou a defesa pelo fim do sítio imposto há 19 meses e o desbloqueio dos cruzamentos fronteiriços, fatos que agravam a situação humanitária ali.
As palavras do presidente dos Estados Unidos tiveram lugar na sede do Departamento de Estado durante a nomeação de George Mitchell como seu enviado especial a esta convulsa zona.
Bush ofereceu aberto e total respaldo à agressão hebréia à faixa palestina, vetou resoluções do Conselho de Segurança que pediam um fim do fogo imediato e justificou as matanças como um direito israelense à autodefesa, ao mesmo tempo em que recriminou ao Hamas.
Fonte:Prensa Latina
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