sábado, 24 de janeiro de 2009

FIDEL DIZ QUE SUA MORTE NÃO DEVERIA ATRAPALHAR GOVERNO DE CUBA.

Silêncio prolongado prorrogou rumores sobre saúde de Fidel.
O ex-presidente de Cuba Fidel Castro diz que sua morte não deveria afetar as atividades do governo do país.

Escrevendo na sua coluna no diário Granma, Fidel lembra que já havia dito que escreveria menos neste ano, para “não interferir nem incomodar os companheiros do Partido e do Estado nas constantes decisões que devem tomar frente a dificuldades objetivas derivadas da crise econômica mundial”.

“Eu estou bem, mas insisto, nenhum deles deve se sentir comprometido com minhas eventuais Reflexões (o nome da coluna), minha gravidade ou minha morte”.

Fidel não aparecia em público ou escrevia colunas desde dezembro do ano passado, despertando rumores de que sua saúde havia piorado, mas nesta semana, o líder da Revolução Cubana se reuniu com a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, que afirmou que ele está bem e comentou sobre a posse do novo presidente americano.

No seu texto mais recente, Fidel voltou a tecer elogios ao presidente americano Barack Obama, dizendo que ninguém poderia duvidar de suas palavras quando disse que transformará os EUA.

Sobre Obama, Fidel escreveu: “Ninguém poderia duvidar da sinceridade de suas palavras quando afirma que vai converter seu país em um modelo de liberdade, respeito aos direitos humanos no mundo e à independência de outros povos”.

Fidel ainda comenta o anúncio do fechamento da prisão de Guantánamo, afirmando que o gesto começa a semear dúvidas “aos que atribuem o culto ao terror como instrumento irrenunciável da política exterior de seu país”.

Mas apesar de elogiar as intenções de Obama, Fidel ainda pergunta: “O que ele fará quando o imenso poder que tomou em suas mãos for absolutamente inútil para superar as insolúveis contradições antagônicas do sistema?”.

Ao encerrar, Fidel diz: “Tive o raro privilégio de observar os acontecimentos durante tanto tempo. Recebo informação e medito sossegadamente sobre os acontecimentos. Espero não desfrutar de tal privilégio dentro de quatro anos, quando o primeiro período presidencial de Obama estiver concluído”.
Fonte:BBC BRASIL.

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