Preteridos por computadores, salários mais baixos e um sistema de produção jornalística mais mercadológico, os repórteres veteranos vêm perdendo espaço nas redações.
O jornalista Rosental Calmon Alves, ex-correspondente do Jornal do Brasil nos Estados Unidos e atual professor de Comunicação da Universidade do Texas, observou, nas suas mais recentes viagens ao Brasil, a predominância de jovens repórteres em entrevistas coletivas de importância. Confessa, entretanto, que nunca se preocupou em analisar mais profundamente o fenômeno. Essa é a mesma percepção do professor da Universidade de Brasília, ex-repórter e editor de diversos jornais de Brasília e do eixo Rio-São Paulo, Hélio Doyle.
O que desperta a atenção de Alves e Doyle é a nítida diferença ainda existente entre as entrevistas coletivas de autoridades nos Estados Unidos e outros países por onde viajaram: repletas de repórteres de cabelos prateados. No Brasil, ao contrário, a linha de frente da imprensa é predominantemente formada por jovens, muitas vezes sem bagagem profissional suficiente para contrapor os fatos e argumentos apresentados pelas autoridades entrevistadas.
"Está em curso um processo de renovação muito rápida na profissão", admite o presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do DF, Romário Schettino. Há um afunilamento a partir dos 45 anos de idade, quando grande parte dos repórteres é empurrada para fora da atividade. Schettinno comprovou esse fenômeno há dois anos, quando convenceu as empresas jornalísticas do DF a assinarem acordo coletivo pagando em dobro o aviso prévio aos jornalistas com ou acima de 45 anos de idade e três anos efetivos de trabalho na mesma empresa. "Os patrões concordaram conosco que após essa faixa etária é muito difícil ser absorvido pelo mercado".
Por Sérgio M. Garschagen.
Fonte:Crítica Midiática.
Um comentário:
Este é o PSDB que você não vê na TV…
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