"Por que apareceu dinheiro para resolver a crise da economia e não há recursos para resolver a crise ambiental global, que é muito pior que a financeira?" - perguntou a senadora Marina Silva (PT-AC), no ato que homenageou a memória e a luta do líder ambientalista Chico Mendes, na Universidade Federal do Pará Redação - Carta Maior
BELÉM - O líder ambientalista e sindical Chico Mendes, assassinado há 20 anos no Acre, foi homenageado quarta-feira durante o Fórum Social Mundial, em Belém. Organizado pela Fundação Perseu Abramo, o evento terminou com o plantio de cinco mudas de seringueiras no campus da Universidade Federal do Pará (UFPA). A senadora Marina Silva (PT-AC) fez um discurso emocionado, no qual lembrou o seringueiro e criticou a falta de investimentos mundiais para preservação do meio ambiente.
"Por que apareceu dinheiro para resolver a crise da economia e não há recursos para resolver a crise ambiental global, que é muito pior que a financeira?", questionou a ex-ministra do Meio Ambiente. Além de Chico Mendes, a senadora lembrou de outros "mártires da Amazônia", entre eles a missionária Doroty Stang, assassinada em 2005, no interior do Pará.
O presidente da Fundação Perseu Abramo, Nilmário Miranda, ex-ministro da Secretaria Especial de Direitos Humanos, se referiu ao ambientalista como "a figura mais emblemática" da defesa da Amazônia. "O Acre era um lugar em que o crime organizado, a corrupção tomou conta do estado. As agressões ao meio ambiente eram também agressões aos direitos humanos e à democracia. E o Chico Mendes conseguiu reverter isso. Transformou-se em um modelo para o restante do mundo", destacou.
Um ativista indiano, que plantou uma das mudas, comparou a luta de Chico Mendes à perseguição de ambientalistas na Índia, onde, segundo ele, cinco pessoas foram mortas por protestarem contra a destruição de rios.
Fonte:Agência Carta Maior.
Nenhum comentário:
Postar um comentário