terça-feira, 20 de janeiro de 2009

MST - Começa décimo terceiro encontro do Movimento dos Sem Terra.

São Paulo, 20 jan (Prensa Latina) Ao redor de 1.500 integrantes do Movimento de Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) iniciam hoje na fazenda Sarandí, Rio Grande do Sul, o 13º Encontro Nacional.

O palco da reunião é uma fazenda ocupada em 1979 onde depois se levantou o acampamento Encruzilhada Natalito.

Esse foi o antecedente de outras ocupações que levaram à formação do movimento em Cascavel, Paraná, em 1984, onde celebraram o Primeiro Encontro Nacional do MST.

A este 13º Encontro e seus eventos comemorativos não foi convidada nenhuma autoridade porque o Governo não tem impulsionado suficientemente a reforma agrária, assegurou João Paulo Rodrigues, um dos coordenadores nacionais.

A respeito esclareceu que a organização não é oposição nem base de apoio da administração e mantém sua independência com respeito ao Estado, aos governos, às igrejas e aos partidos políticos.

Ao falar deste Encontro e do 25° aniversário do MST, outro líder dos Sem Terra, João Pedro Stédile, recordou à imprensa que este é o maior movimento social do Brasil, com presença em 24 estados.

Explicou que contou mais de 130 mil famílias acampadas em todo o território brasileiro, mas o número das assentadas é ainda maior, pois já há 370 mil.

Explicou que a luta pela terra não é a única bandeira do movimento, pois em 25 anos construiu mais de 2 mil escolas públicas em assentamentos.

O MST garante o acesso à educação de mais de 160 mil crianças e adolescentes e conta com mais de 100 cursos de graduação coordenado com universidades.

Stédile definiu que o MST vai continuar com sua obrigação de ocupar terras, lutar por crédito e casas, mas se incorpora a outras mobilizações sociais.

Considerou que elas, em médio prazo, vão representar a derrota do neoliberalismo e abrirão uma brecha para que a reforma agrária volte à pauta da sociedade brasileira.

Antecipou que neste Encontro, o MST debate como fortalecer a sua massa para a luta social e isso exige que tenha uma organização, um preparo de militantes.

Informou que o mais importante é ter um projeto de sociedade, que é o que falta no Brasil para reunir a militância que está fazendo luta social.

O grande desafio da esquerda e do povo brasileiro é criar um projeto de transformação, insistiu Stédile.
Fonte: Prensa Latina.

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