quarta-feira, 11 de março de 2009

CUBA - EUA aprovam redução de restrições contra Cuba.

Obama disse que o fim do embargo depende de reformas significativas em Cuba

O Senado americano aprovou um projeto de lei que ameniza as restrições contra Cuba impostas pelo governo de George W. Bush em 2004.

A emenda relaxa restrições a frequência de viagens e ao tempo de estadia de cubano-americanos na ilha, assim como ao valor das remessas enviadas dos Estados Unidos a parentes em Cuba.

Além disso, o Senado concordou ainda que sanções que limitam o envio de comida e remédios ao país também devem ser amenizadas.

O presidente americano, Barack Obama, deve assinar a lei nesta quarta-feira.

Apesar da diminuição nas restrições, Obama afirmou que o fim do embargo total só ocorrerá se Cuba fizer reformas significativas, como a realização de eleições democráticas.

Reação

Segundo o correspondente da BBC em Havana Michael Voss, as autoridades cubanas consideram a diminuição das restrições uma questão interna do governo americano e não um relaxamento de décadas de embargo.

Ele comenta que a notícia sobre a aprovação pelo Senado da emenda constitucional sobre as restrições não recebeu destaque na televisão estatal cubana.

Apesar disso, para centenas de milhares de cubanos, a possibilidade de ver os parentes que moram nos Estados Unidos com mais frequência será uma medida popular, assim como a decisão que ameniza as restrições sobre a quantidade de dinheiro que eles podem gastar na ilha e enviar aos parentes cubanos.

Mais de um milhão de cubano-americanos são residentes nos Estados Unidos e as remessas enviadas por eles oferecem uma ajuda importante aos parentes que moram em Cuba, onde o salário médio é de cerca de US$20 por mês.

A aprovação da emenda no Senado é a primeira indicação de que o governo de Obama está tomando medidas mais reconciliatórias com o vizinho comunista, o que pode sinalizar mais mudanças na política externa.

O presidente cubano, Raúl Castro, já repetiu diversas vezes que está preparado para negociar diretamente com o novo governo dos Estados Unidos em Washington, contanto que não sejam impostos pré-requisitos para o encontro.
Fonte:BBC BRASIL.

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