terça-feira, 10 de março de 2009

ELEIÇÕES 2010 - Oposição joga Dilma nos braços de Lula.

Ricardo Kotscho

O grande desafio dos estrategistas da candidatura de Dilma Roussef no momento, além de torná-la mais conhecida da população, é ligar seu nome ao do presidente Lula. É mostrar ao eleitorado que Dilma é a candidata de Lula à sua sucessão em 2010.

Até aí, não estou contando nenhuma grande novidade, eu sei. O que talvez nem todo mundo já tenha percebido é que quem mais está ajudando Lula e Dilma nesta tarefa, por incrível que possa parecer, são os líderes da oposição demo-tucana.

Com dois candidatos a candidato e o processo de escolha emperrado, sem nenhuma proposta concreta para ajudar o país a enfrentar a crise econômica do fim do mundo e sem apresentar até agora nenhum projeto para o Brasil pós-Lula, nas últimas semanas a oposição tem se limitado a fazer denúncias que só acabam ajudando a jogar Dilma no colo do presidente.

Quem ainda não sabia que ela é a candidata do presidente Lula à sua sucessão _ e não é de agora, mas desde 2005 _ ficou sabendo. Cada vez que a oposição apresenta uma nova denúncia contra os dois, como aconteceu com a representação ao TSE por campanha eletioral antecipada, mais associa um nome a outro.

Desta vez, foi o presidente nacional do DEM, o deputado carioca Rodrigo Maia, filho do ex-prefeito blogueiro Cesar Maia, quem decidiu apresentar requerimento pedindo explicações sobre os vôos da ministra.

Quer saber se ela aproveitou as viagens oficiais para participação em encontros políticos, como se os encontros de quem chefia a Casa Civil não fossem sempre políticos pela própria natureza do cargo.

Segundo levantamento feito pelo jornal O Globo, publicado na matéria “Oposição quer explicações sobre vôos de Dilma”, a ministra fez 30 viagens para promover 40 obras do PAC.

O jornal foi ouvir Rodrigo Maia:

“Vou apresentar requerimento para saber quem está pagando as viagens e se ela está usando os vôos só para agenda oficial ou se há agenda política”.

Se a oposição continuar com esta mesma estratégia, quando a campanha oficial finalmente começar, lá para julho de 2010, prazo previsto pela lei, segundo os juristas também ouvidos por O Globo, o eleitorado já estará cansado de saber que Dilma é a candidata de Lula.

É tudo o que o governo quer para continuar mais quatro anos no poder.
Fonte:Balaio do Kotscho.

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