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Um leitor do site me mandou o artigo que reproduzo abaixo com a seguinte observação: "Azenha, já imaginou se fosse no Paraná?". Pois é, eu fico me perguntando onde é que anda o nosso censor oficial, que publicou no Globo: "Nossas crianças estão sendo enganadas, a cabeça delas vem sendo trabalhada. Algo precisa ser feito, pelo ministério, pelo congresso, por alguém". Ele escreveu isso a respeito de um livro que já nem era mais adotado pelo MEC, numa espetacular barriga. Será que o Ali Kamel só se dedica a revisar livros de história? Será que ele passou batido pelos livros de geografia adotados em São Paulo?
Fiquem com a notícia:
Governo de SP manda recolher 500 mil livros de geografia com 2 Paraguais
da Folha Online
da Folha Ribeirão
A Secretaria de Estado da Educação de São Paulo determinou o recolhimento dos 500 mil livros de geografia com erros distribuídos para alunos da sexta série do ensino fundamental. No livro, que leva o nome de "Caderno do Aluno", o Paraguai aparece duas vezes no mapa da América do Sul e a localização do Uruguai está invertida com o Paraguai. O erro se repete também no livro do professor. Outra incorreção é a não-inclusão do Equador no mapa "Fronteiras Permeáveis". Sem isso, o aluno não tem informação para responder à seguinte questão, na página ao lado do livro: "Quais são os países sul-americanos que não fazem fronteira com o Brasil?"
A pasta do governo de José Serra (PSDB) determinou que a Fundação Vanzolini, responsável pela edição do material didático, faça a troca dos livros com erros. A fundação irá arcar com todos os gastos desta troca, incluindo impressão e distribuição.
O material começou a ser distribuído na rede, mas não há informação se já chegou a a todas as escolas do Estado. De acordo com a secretaria, o "Caderno do Aluno" é um material complementar que não substitui o material didático. Ele é utilizado em conjunto com os materiais destinados aos professores.
A correção foi disponibilizada na semana passada para os professores estaduais no site da secretaria ou também no www.saopaulofazescola.sp.gov.br. Estudantes e professores foram informados da correção nas páginas do governo na semana passada.
Erros
Um professor de São José do Rio Preto disse que identificou a falha no mapa em sala de aula. O erro foi motivo de piada entre os alunos. Segundo ele, há erros em quase todos os cadernos, mas, geralmente, são de grafia, não de informação. Cingapura, por exemplo, foi grafado com "s". Mas o erro do mapa, diz, "é gravíssimo".
"Um horror e um erro gravíssimo", concorda Sonia Castellar, professora de metodologia do ensino em geografia do curso de pedagogia da USP (Universidade de São Paulo).
"Esse material do Estado não está passando por avaliação rigorosa", disse.
Um outro docente de geografia, de Franca, disse já ter notado erros em outras apostilas. Segundo ele, é comum haver exercícios no caderno do aluno que não se repetem no livro-manual do professor, e vice-versa, além de exercícios sem resposta no livro do docente.
Uma coordenadora pedagógica de uma escola estadual de Ribeirão Preto (interior do Estado) disse que o governo estadual orienta as escolas a periodicamente observar no site as erratas dos cadernos.
Ela diz que, além do mapa, detectou no site erratas no caderno do aluno de outras séries nas disciplinas de arte, história, geografia, inglês e matemática. No entanto, ela não quis mostrar à Folha esses outros erros.
A Fundação Vanzolini diz que o material é desenvolvido por professores indicados pela secretaria e que cumprirá a determinação do órgão, de recolher os livros com erros.
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