quarta-feira, 18 de março de 2009

GUERRA DE CLASSES NA AMÉRICA.

Hemingway


Montréal (Canadá) - Vamos ser honestos, Karl Marx teria um vasto material para criticar os atuais dias na América. Os exemplos da nossa luta de classes estão por todo lado. Quando os principais executivos da GM e da Chrysler voaram para Washington, nos jatinhos particulares de suas companhias, para pedir socorro ao governo, a mídia foi rápida em apontar que os dirigentes máximos da industria automobilistica da América tinham problemas de imagem. Com suas empresas à beira da falência, eles agiam como se estivessem nos bons tempos da "bolha econômica". A ostentação da riqueza e de privilégios, numa época em que milhões de pessoas estavam sendo demitida foi um desastre, e num show de severidade o Congresso prometeu-lhes menos da metade do que eles disseram que precisavam para manter suas empresas em atividade. O Congresso também definiu que os contratos com os sindicatos de trabalhadores (U.A.W. United Auto Trabalhador), um dos mais generosos em termos de benefícios na América do Norte, teriam que ser drasticamente reduzidos, porque nesta crise todos teriam de "apertar o cinto".

Mas o que se aplica aos trabalhadores da linha de montagem da GM e Chrysler não é o mesmo para a elite financeira do país. Os que estão no grupo do 1% da população que controla 30% da riqueza da nação fazem suas próprias regras e quando querem distribuem prêmios entre si. Estes altos executivos destroem a prosperidade de uma companhia, e até mesmo as finanças de uma nação, mas bônus são bônus. Ë só olhar a American Insurance Group (AIG). AIG teria afundado em setembro se não fosse a generosidade do contribuinte americano. O Tesouro dos EUA possui efetivamente agora 79% do controle da AIG, a gigante dos seguros que já recebeu mais de 180 bilhões de dólares de socorro do governo. Na semana passada, no entanto, o Wall Street Journal descobriu que a empresa estava prestes a pagar cento e oitenta milhões em bônus para os mesmos dirigentes e trabalhadores, responsáveis pelo colapso da AIG, em primeiro lugar. Enquanto os trabalhadores da indústria de automóveis eram informados que ficariam sem suas pensões e seguro-saúde (alguns até mesmo sem seus empregos), os “melhores e mais brilhantes” da AIG ganhavam bônus, pagos pelo contribuinte Americano, que variam entre US $ 450.000 a US $ 3.000.000 .

Claro que, quando as pessoas começaram a ouvir falar desse último assalto e conectar os pontos que ligam a administração Obama a AIG e a Wall Street, de um modo geral, os números das pesquisas sobre o Príncipe da Esperança começaram a cair. O New York Times, em seguida, alertou para uma grave reação popular se o bom nome do Presidente começasse a ser comumente associado aos Banksters sem escrúpulos. De fato, foi o atual secretário do Tesouro, Tim Geithner, quem organizou o socorro original a AIG, quando ele era ainda o presidente do Federal Reserve Bank of New York. Ele sabia, melhor do que ninguém, que o governo dos EUA agora mandava na AIG e que em algum momento, se assim o desejasse, o governo poderia ter interrompido o procedimento da AIG. Se os bônus foram distribuídos, tal como planejado (e eles já foram pagos), isso só aconteceu porque foram aprovados por Geithner e Obama!

Assim, quando "Baby Face" Obama disse, como fez na segunda-feira, que ele estava tão indignado como a maioria das pessoas sobre os bônus e que ele "vai tentar" interromper os pagamentos, você sabe que nós estamos olhando para um homem que foi pego com as mãos na botija. Afinal, como podem os americanos não associar Obama à enorme fraude que os banksters da AIG estão cometendo? Ele é ou não é o Presidente dos Estados Unidos? Ele é? Bem, então, ele tinha o poder de suspender o pagamento desses vergonhosos bônus e se não o fez é porque ele é homem de frente de Wall Street. Ele trabalha para eles, não para nós. Ele sempre teve e terá o interesse deles em seu coração. Ele pouco se importa sobre o cidadão comum.

CLASS WAR IN AMERICA

Let’s be honest with ourselves, Karl Marx would have a field day critiquing present day America. The examples of our on-going class warfare are everywhere. Just one example, when the CEO’s of GM and Chrysler flew to Washington in their private corporate jets not too long ago to ask for a bailout, the mass media were quick to point out that America’s top automobile executives had a image problem. Their companies were on the verge of bankruptcy and yet they were acting as if the good times of the “bubble economy” had never ended. The indiscriminate flaunting of their privilege and wealth in a period when millions were being laid off was a PR disaster and in a show of righteous severity, Congress promised them less than half of what they said they need to keep their businesses running. Congress also insisted that all U.A.W. (United Auto Worker) contracts (some of the most generous in terms of benefits in North America) be severely slashed, because in this crisis everyone would have to “tighten their belts”.

But what applies to the assembly line workers of GM and Chrysler never does to the country’s financial elite. The 1% of the population that controls 30% of the nation’s wealth makes it’s own rules and when they want to reward themselves they do it in a big way. These top executives and brokers may gamble away a company’s prosperity, even destroy a nation’s finances but a bonus is a bonus. Look at the American Insurance Group (AIG). AIG would have gone belly up back in September were it not for the largesse of the American taxpayer. The US Treasury now effectively owns a 79% controlling interest in AIG, as the insurance giant has already received over 180 billion dollars in bailout money. Just last week however the Wall Street Journal learned that the company was about to pay close to a hundred and eighty million dollars in bonuses to the very same executives and workers who were responsible for AIG's collapse in the the first place. While auto workers were told that they would have to do without their pensions and health care (and some of them even their jobs) AIG’s “best and brightest” were sticking it to the US taxpayer for bonuses that went anywhere from $450,000 to $3,000,000.

Of course, when people started to hear of this latest heist and started to connect the dots linking the Obama administration to AIG and Wall Street in general, the Prince of Hope’s poll numbers started to tumble. The New York Times then gravely warned of a popular backlash should the President’s good name ever begin to be commonly associated with the unscrupulous Banksters. Of course, it was the current Treasury Secretary, Tim Geithner, who organized the original bailout of AIG when he was still the president of the Federal Reserve Bank of New York. He knew, better than anyone did, that the US Government now called the shots at AIG and that at any point, had it so desired, the government could have stopped AIG in its tracks. If the bonuses went ahead as planned (and they have now been paid out) then this could only be because Geithner and Obama approved!

So when “Baby Face” Obama says, as he did on Monday, that he is as outraged as most people are about the bonuses and that he “will try” to stop payouts, you know that we’re looking at a man who’s been caught with his hands in the cookie jar. After all, how can Americans not associate Obama with the tremendous fraud that the Banksters at AIG are carrying out? Is he or is he not the President of the United States? He is? Well, then he has had the power to stop these outrageous bonuses all along and if he hasn’t it is only because he is Wall Street’s front man. He works for them, not us. He has always had and will forever have their interests at heart. He couldn’t give a damn about the common man.
Fonte:Direto da Redação.

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